LXII; taekook.

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TaeHyung respirou fundo quando enfim encarou seu reflexo, sequer se lembrava da última vez a qual vestiu um terno. Sentia-se bonito, principalmente porque o terno era de cor azul, TaeHyung gostava de cores vivas e de certa forma, usá-las o deixava mais feliz. Quando enfim terminou de se arrumar e ajeitar seus fios, chamou Hansung que apareceu vestindo seu terninho que tinha quase a mesma cor do de TaeHyung; a relação dos dois apenas crescia mais a cada dia, o mais estranho — ou adorável — era que Hansung falava mais e ficava mais a vontade na presença de TaeHyung, de acordo com Anne, o garoto não interagia muito quando Kim estava na faculdade.

Naquele momento estavam em Los Angeles onde seria o casamento, a viagem felizmente seguiu bem. Felizmente desde que recebera o convite TaeHyung teve tempo de correr atrás dos papéis de Hansung e de uma permissão para sair do país com ele, o que não foi nada fácil. Teve que pedir uma carta para o orfanato autorizando, uma outra de um juíz e teve de contratar advogados que o ajudassem e o guiassem, tamanho esforço que valeu a pena ao ver os olhinhos de Hansung brilharem enquanto ele olhava através da janela do avião.

TaeHyung observava muito Hansung, percebia que o garoto não era exatamente como Taeyeon, que tinha quase a mesma idade. Hansung tinha dificuldades para interagir com a garota, por mais que tentasse, parecia haver um bloqueio, medo e insegurança — algo muito atípico para um menino dessa idade. Aos poucos Kim tentava trabalhar isso, mas não parecia ter muito progresso.

— Você está lindo! — TaeHyung sorriu, se abaixando para ajeitar a pequena gravata de Hansung.

— Você também está bonito, TaeTae. — o garotinho elogiou, aquecendo o peito de TaeHyung.

— Estamos prontos?

Hansung assentiu, segurando a mão de TaeHyung que já chamava o chofer com a outra; TaeHyung então fez uma nota mental, ele precisava tirar sua habilitação logo. Quando o táxi finalmente chegou, os dois entraram e então TaeHyung começou a ficar nervoso; depois de meses, havia noventa e nove porcento de chance de encontrar Jeongguk naquela noite. Se isso acontecesse, estava mais do que decidido a conversar com este, queria se resolver, queria ficar com ele e nunca mais deixá-lo novamente; precisava dele.

— Você está bem? — Hansung questionou, TaeHyung soltou o ar que nem percebera que estava segurando.

— Sim, sim. Por que não estaria?

— Você está estranho. — Hansung deu de ombros, virando seu rosto na direção do enorme salão que logo entrou em seu campo de visão.

Os olhos de TaeHyung seguiram os dele e deu de cara com o local onde seria o casamento, como Hyuna e Hyojong não eram nada sutis, o salão estava extremamente decorado e bem iluminado do lado de fora e claro, haviam milhares de pessoas, jornalistas e fotógrafos do lado de fora em busca de fotos para o grande casamento, até porque o casal era muito ativo na mídia. Porém aquilo incomodou um pouco TaeHyung, não tinha problemas com fotógrafos — mas ele não queria Hansung exposto.

— Você pode me deixar na porta e entrar com ele pelos fundos? — TaeHyung pediu ao chofer, referindo-se ao garotinho.

— Não quero ficar sem você, Tae. — sentiu a mãozinha puxar sua manga e se virou para ele, sorrindo docemente.

— Apenas por alguns minutos, okay? Não quero ninguém te incomodando. — explicou TaeHyung, notando o semblante de Hansung mudar para cabisbaixo, afagou os fios do garotinho e beijou o topo de sua cabeça. — Logo nos vemos.

Disse convicto assim que o carro parou, respirou fundo já vendo aqueles milhares de flashes em sua direção. Ainda era surreal, principalmente porque ficou muito tempo “isolado” da mídia, havia desacostumado, digamos assim. Porém assim que a porta fora aberta, saiu do veículo e deu seu melhor sorriso, começando a caminhar direto para o salão e ignorando as perguntas lançadas a si; obviamente, boa parte sobre Jeongguk.

Domınαted.Where stories live. Discover now