Capitulo 6 - Maria Clara

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Desde que vim para o quarto, eu estava pensativa. Será que vale a pena ficar neste emprego? Todos os desaforos daquele cara? Então pensei nos meus pais e, pensei. Eles nunca desistiram, se tivessem nesta situação. Então decidi que irei ficar aqui e, fazer tudo que estiver ao meu alcance. Meus pensamentos estavam aéreos, mas logo se desligam quando alguém bate na porta.

- Maria Clara, querida. Está dormindo? - ouço, dona Rosa falar.

- Um minutinho, dona Rosa - digo e, levanto da cama, colocando meus chinelos. Vou até a porta e, abro-a – Oi, dona Rosa. Algum problema? - pergunto a ela.

- Nenhum, querida. Eu vim aqui lhe chamar, para conhecer meu marido, Henrique - ela diz, animada.

- Claro, será um prazer - fecho a porta do quarto. E desço as escadas junto dela.

Quando chegamos na sala de estar, um homem de cabelos grisalhos e, olhos cor de mel está sentado em uma poltrona. Em seu colo tinha o notebook e, ao seu lado vários papéis. Ele deve ser ocupado.

- Amor, está aqui é a Maria Clara. Maria, este é Henrique, meu marido - ela diz e, se senta ao lado do marido. Logo em seguida, me sento no outro sofá e digo?

- Prazer, senhor Henrique - digo, estendendo a mão a ele. O mesmo olha para mim, de cima a baixo. Seu olhar de desgosto era perceptível, mas deixei passar, abaixando a mão.

- Henriq... - dona Rosa tenta atentar o marido, pelo ocorrido. Mas ele a interrompe.

- Precisamos conversar, Rosa - ele diz, se levantando.

- Henrique! - ela o repreende.

- Tudo bem, dona Rosa. Eu irei esperar aqui - digo, simpática.

- Tudo bem. Vamos Henrique - ela diz, olhando para o marido com raiva.

Fico um tempinho, esperando eles descerem e, isso não acontece. Então decido subir para o meu quarto e, tomar um banho. Mas ao passar por uma porta, que ficava ao lado do escritório do senhor Mikael, ouço um choro abafado. Bato algumas vezes na porta e, nada. Mas depois de alguns segundos, dona Bela abre a porta. Ela estava chorando e, eu não sabia se eu chamava o senhor Mikael, ou meus patrões que podia estar discutindo.

- Senhora Bela? Está tudo bem? - pergunto preocupada.

- Me desculpe, quem é a senhorita? - ela pergunta, secando as lágrimas.

- Sou eu, Maria Clara. Nós fomos apresentadas mais cedo - digo, tentando não parecer intrometida. Eu era nova nisso, não sabia o que falar a ela. Mas eu iria tentar.

- Ah... claro - ela diz e, entra em seu quarto. Penso durante alguns segundos se devo entrar e, chego à conclusão que estou fazendo meu trabalho. Fecho a porta ao adentrar seu quarto e, fico esperando alguma oportunidade para falar, mas acabo ficando quieta. Eu não posso falar qualquer agora. Ela está regredindo e, preciso ser cautelosa.

- A senhora quer conversar? - digo a mesma. Ela olha para mim e, sorri.

- Eu não consigo lembrar da senhorita - ela diz e, volta a olhar para suas mãos.

- Eu fui contratada para conversar com a senhora, basicamente - digo e, sorrio.

- Tudo bem - ela diz e, levanta. Dona Bela vai até a sua gaveta e pega uma foto. Será que ela iria fala dele? Mas, comigo? Ela vai até sua varanda e, logo depois me chama. Eu ando até ela e, me sento em um dos sofás que tinha ali – Este aqui é o meu filho - ela diz e, me mostra a foto de um homem. O mesmo estava vestido de policial e, tinha o mesmo sorriso que dona Bela.

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