Capitulo 31 - Maria Clara

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Mikael tinha ganhado alta do hospital, e o médico passou remédios para dor e, disse que ele precisava comer bem. O psiquiatra foi vê-lo e, disse que qualquer coisa, era só ligar para ele, no começo Mikael ficou com receio, mas com um pouco de puxão de orelha, ele cedeu. Ah, ele comprou um apartamento, e me pediu para ir morar com ele, no começo fiquei com medo, já que eu nunca morei com outra pessoa na minha vida, a não ser meus pais. Mas acho que aos poucos, tudo vai se ajeitando. Senhor Bela, ainda está em coma, o tanto de fumaça que a mesma engoliu foi muito, e alguém naquela idade...

Mikael ficou muito triste com a notícia, mas disse que se ele acordou, ela também irá. Aos poucos estou distraindo ele, jogamos jogos e ele ficou bravo por eu ter sorte de principiante. E, eu tenho um novo emprego novo, sim, Mikael me pediu para trabalhar com ele na empresa, e eu fiquei muito feliz. Ele me deixou na área de design. Eu faço tudo ligado ao marketing da empresa, é uma experiência nova, mas que estou adorando. Dona Rosa e o senhor Henrique estão se divorciando, e disse que teria um jantar amanhã para ela anunciar a notícia formalmente.

Lina e Marcos estão muito felizes, eles também estão morando juntos.

Está sendo um pouco difícil dormir na mesma cama que Mikael, é estranho, mas ao mesmo tempo muito bom, já que ele me enche de beijos. Meus pensamentos voam pelos ares, quando saio do banheiro com a tolha enrolada em meu corpo e, vejo Mikael deitado de cueca preta na cama. Está sendo difícil por esse motivo, ainda não tivemos nossa primeira noite e, eu não toquei no assunto. Sairemos essa noite, e talvez eu toque no assunto.

- Gostou da visão? - ele diz, com um sorriso malicioso. Eu estava vidrada em sua cueca, e não tinha percebido isso.

- Besta - digo rindo e, jogo uma almofada que estava no chão, em seu rosto – Vou me trocar, pode sair por favor? - digo a ele com naturalidade. Como o closet ainda não estava com as nossas roupas, tínhamos somente o quarto. Apesar de ter outros quartos nesse apartamento enorme, todos estavam em reforma.

- Porque não me deixa, ver você? - ele pergunta, virando de bruços na cama.

- Eu, só não gosto, somente isso - digo, com vergonha. O mesmo se levanta, e vem andando até mim devagar, eu pressiono a tolha contra o meu corpo, ele dá uma risadinha e, chega perto da minha orelha, em questão de segundos minha respiração estava acelerada.

- Porque não deixa eu admirar sua galeria de arte? - ele pergunta, mordendo o lóbulo da minha orelha. Sem querer, solto um gemido e, minhas bochechas começam a arder.

- Não tenha nada aqui, que não tenha visto em outra mulher - digo, e o mesmo desce sua boca para o meu pescoço.

- As outras não tinham o que você tem - ele diz, e chupa a pele pálida de meu pescoço. Puta que pariu.

- O que eu tenho? - digo, ofegante. Suas mãos descem até minha cintura e, aperta, me trazendo para mais perto de seu corpo.

- Beleza interior - ele diz, e beija meu pescoço.

- Tudo bem - digo, respirando com dificuldade – Agora, saia - digo, querendo mais de seu corpo.

- E se essa toalha cair, hm? - ele diz, levando a mão até meu seio, onde estavam minhas mãos contraindo a toalha.

- Agora não, lindo, preciso me trocar, se não chegaremos atrasados no restaurante - digo, saindo de seus braços e, indo até a mala procurar minhas roupas.

- Você não confia em mim? - ele diz, vindo até mim, e me levantando pelo cotovelo com delicadeza.

- Que?! Não, não, claro que não! - digo, sem conseguir olhar em seus olhos – Apenas vergonha - digo, olhando para sua boca. Como vou falar para ele, que uma mulher de trinta e dois anos é virgem? Mikael começa me olhar de um jeito fofo e, quando menos espero, ele me pega no colo, deixando minhas pernas ao redor de suas pernas.

- Você... você é virgem, Maria Clara? - ele diz, e me mostra seu sorriso. Minhas bochechas não conseguiam mais aguentar aquela vergonha.

- Sou - digo, abaixando a cabeça – Desculpa.

- Ei, não precisa pedir desculpas. Ser o primeiro e o único homem a te tocar, é um dos meus sonhos favoritos a partir de agora, e se realizou, não é? - ele diz, erguendo meu queixo.

- Eu ia falar sobre isso com você, mas, sabe como é - digo, sorrindo.

- Ponho uma roupa simples, irei te levar em outro lugar - ele diz, me colocando no chão – Vou sair, para que s troque - ele beija minha testa. E logo em seguida sai do quarto. Hm, roupa simples? Qual vestido eu uso?

Quando estava descendo as escadas, vejo mais uma vez minha roupa, para ver se não tem nada a ser mudado. Um vestido com girassóis e uma sandália baixa. Meus cabelos estavam em um rabo de cavalo e, meu pulso com uma pulseira.

- Você está o pecado em pessoa - ele diz, vindo até mim.

- Eu te amo, sabia? - digo, e corro para os seus braços.

- Eu te amo, eu te amo muito mais - ele diz, me beijando.

- Onde iremos? - pergunto, enquanto ele fecha a porta.

- Meu lugar favorito.

- Uau, que suspense - digo a ele, quando o mesmo abre a porta do carro.

- Suspense é o que minha mãe estava fazendo. Ela disse que precisava conversar com a gente - Mikael diz, ao ligar o carro.

- Deve ser algo relacionado ao divórcio - digo, colocando o sinto – Em falar nisso, como se sente em relação a isso?

- Não sei, meu pai era o meu exemplo, desde pequeno eu queria ser igual a ele. Mas, quando a gente cai na realidade, é totalmente diferente. Minha avó internada, eles se divorciando, minha mãe querendo reunir todo mundo em um almoço, é muita coisa para processar - ele diz, parando no farol vermelho. Sem perceber, minhas mãos vão até as dele.

- Vai ficar tudo bem. Isso é apenas uma fase, precisamos ser fortes, lembra? Nós juntos podemos ultrapassar barreiras que ninguém mais pode - digo confiante.

- Você foi a luz na minha vida. Sem você... eu não seria nada.

- Precisamos ser completos, mas completar umas ás outras - digo, sorrindo.

- Nunca me abandone.

- Nunca.

Estamos no carro, a mais ou menos uma hora, estávamos ouvindo e cantando à beça. Então percebo uma casa enorme, no meio de uma floresta.

- Meu deus - digo, tirando o sinto de segurança – É aqui?

- É sim, eu iria trazer você aqui no nosso aniversário de namoro. Mas, eu senti que hoje era o momento certo - ele diz, abrindo a porta do carro.

- Lindo, você não pode ficar gastando dinheiro com esse tipo de coisa, eu queria dar algo pra você também - digo, abraçando-o.

- Isso não é meu - ele diz, sorrindo.

- É de quem?

- Seu - ele diz.

- O que? Meu? - pergunto, assustada.

- Passei está casa para o seu nome, é sua agora.

- Meu deus - digo, levando minha cabeça ao seu peito – Você é doido.

- Por você - ele diz, me beijando.

- Mika - chamo ele, que estava olhando para a casa.

- Sim?

- Nunca, mais nunca, duvide do porque estou com você. Eu me apaixonei por você, não pelo seu dinheiro.

- Eu sei, meu amor. Mas, depois dessa breve conversa, você vai ser minha sócia e trabalhas junto comigo? - ele pergunta.

- Não sei - digo rindo – Eu não entendo de economia e, estou feliz trabalhando com que eu gosto e ganhando meu dinheiro - digo com um sorriso no rosto – Estou guardando para o nosso casamento, já que você não deixa eu pegar nada.

- Tudo bem, teimosa - ele diz, rindo, enquanto abre a porta do chalé.

- Quero ver cada detalhe desta casa. É perfeita demais.

Porque ir... Se Pode FicarOnde histórias criam vida. Descubra agora