Capitulo 14 - Mikael

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Quando Maria entra por aquela porta, o arrependimento aparece como uma avalanche, mas a raiva era maior, do que qualquer coisa, naquele momento. Quando a mesma sobe as escadas, a única coisa que consigo pensar é. Porque diabos eu ainda estou aqui? Lina me olha com desgosto e, Carolina não diz uma só palavra e, é melhor ela ficar calada até ir embora daqui.

- Estou subindo, espero você no meu quarto - Lina diz e, começa a subir as escadas.

- Acabou por hoje, Carolina. Pega suas coisas e, vaza - digo, com desgosto, enquanto pego minhas coisas do chão.

- Ah, não amor - ela diz e, levanta ainda com o lençol em seu corpo. Que merda, esse lençol está fazendo na sala? A mesma apoia seus braços em torno do meu pescoço, mas o tiro rapidamente – A gente nem terminou e, quero saber quem é aquela mulher que estava com a minha cunhadinha.

- Não é da sua conta, Carolina. Agora, vai embora - digo a mesma, e visto minha calça, ali em sua frente mesmo. No mesmo instante, ouço passos descendo a escada e temo ser Lina, mas não. Era a Maria. A mesma ainda estava com aquele vestido amarelo sobre seu corpo.

- O que você quer aqui garota? - Carolina pergunta, olhando com desdém para ela.

- Cala a boca, Carolina, O que você quer aqui, Maria? - pergunto, vestindo minha camisa. A mesma fica vermelha ao me ver sem camisa, tento não dar um riso, mas é quase impossível.

- Desculpa, senhor Mikael. Mas gostaria de perguntar que horas sua avó, e o senhor e senhora Santiago, voltam, para pode fazer o jantar - a mesma diz, de cabeça baixa. No mesmo instante Carolina começa a rir e, eu fico sem entender o porquê.

- Ela é sem teto que você me falou?! - Carolina diz, caindo na risada – Ela a mendiga! - quanto mais ela ria e falava, mais eu ficava com raiva de mim. O olhar de Maria para cima de mim era, algo, irreconhecível. A mesma parecia humilhada e, o que menos queria era isso agora.

A mesma sobe as escadas correndo e, eu não penso duas vezes em ir atrás dela. Mas antes de conseguir chegar a escada, Carolina segura meus braços.

- Me solta porra!! - digo, me soltando dela.

Quando chego na frente do quarto de Maria Clara, o mesmo estava trancado.

- Maria Clara, abre essa porta! - grito e bato em sua porta – Maria Clara, não é isso que está pensando!! - bato com mais força.

- Que gritaria é essa, Mikael?! - Lina diz, saindo de seu quarto.

- Mão é nada, Lina. Volta para o seu quarto e, espera a mamãe chegar - digo a ela. A mesma esboça um riso sarcástico e diz:

- Você fala assim, com outra pessoa. Eu não - ela diz e, vem até a porta – Maria, abre essa porta!! Por favor. Sou eu Maria, você sabe que pode contar comigo.

Ficamos segundos, minutos só não posso dizer horas porque não chegou nisso. Mas demorou muito, até a mesma abrir a porta e, quando abriu, a primeira que percebi, foi as mochilas em suas mãos e costas. E uma carta... 

Porque ir... Se Pode FicarUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum