Capitulo 42 - Mikael

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A viajem foi longa e tensa, cada vez mais que o avião se aproximava, algo em meu peito se apertava. Tudo está estranho agora. E algo me diz para ir correndo até ela me ajoelhar diante dela e, implorar seu perdão. Implorar o perdão pelo que fiz a ela, ou a livrei, ainda não sei. Não sei como ela está. Como está vivendo. Ela deve estar feliz, assim como eu, não? Eu estou feliz? Não, claro que não. Não posso negar a mim mesmo o que sinto por ela, nunca morreu, nunca morrerá.

- Amor! Vamos sair hoje, nunca vim a Nova York, temos que aproveitar tudo, e se gostarmos, podemos morar aqui! - ela diz, feliz. Leila era muito chata com coisas de casas, viagens, tudo. Maria não, ela ficaria feliz de ir até a esquina comigo tomar sorvete.

- Não quero sair hoje Leila, estou cansado - digo, jogando as malas em algum canto da enorme casa. Acho que comecei a gostar de coisas grandes, para tentar preencher o vazio que tinha em meu peito. Mas nada fora o suficiente.

- Podemos fazer um jantar aqui em casa! Ou um almoço! Eles ficariam felizes em lhe ver novamente - ela diz animada. Uma das palavras que eu nunca disse a ela e, nunca direi é "eu te amo", nunca ouve essa palavra em meu vocabulário – Maria pode vir, e trazer alguém.

- Claro, amanhã irei visitar minha irmã - digo isso, passando minhas mãos por meus cabelos. Mesmo depois de tudo, Lina continua sendo minha irmãzinha, minha pirralha.

- Você está tenso demais - ela diz, saindo dos saltos – Vamos fazer algo divertido - Leila sobe em cima de mim e começa a beijar meu pescoço. Sempre, sempre que transávamos, eu pensava em uma só pessoa.

Porque ir... Se Pode FicarOnde histórias criam vida. Descubra agora