Capitulo 46 - Maria Clara

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Hoje estavam todos estranhos, Lina e dona Rosa me chamaram para um almoço na cada de um amigo, e pediram para que não ficasse desconfortável. Mas, não sei porque me chamariam, eu não faço parte da família, pelo menos não mais.

-Lina, é um almoço formal? - pergunto a Lina, enquanto penteio os cabelos. Eu havia cortado eles, depois de dois anos deixando crescer, decido cortar. Ela me olha com um olhar preocupado e depois para Marcos, que estava no quarto falando com a gente. Eu havia perguntado tantas vezes de Mikael para ele, que eles possam estar com pena de mim.

- Não, Mah, é informal. Você quer ajuda? - ela pergunta, enquanto abro as gavetas a procura de algo.

- Não, já sei que roupa colocar - digo, sorrindo para ela. Depois da chuva do dia anterior, algo havia mudado em mim, não sei se havia ficado melhor, mas algo mudara.

- Está calor hoje, irei de vestido e, você? - ela diz, terminando a maquiagem.

- Eu também, bom... vou me trocar - digo e, vou em direção ao banheiro. Quando já estava terminando de me vestir, ouço a porta bater, e pensei que seria Marcos que teria saído, para nos dar privavidade.

Hoje Lina e dona Rosa me chamaram para um jantar na casa de um amigo. Não sei porque elas me chamariam, mais tenho certeza que não será para falar sobre Mikael. O vestido amarelo, o vestido que ele tanto amara ao ponto de querer pintar nossas paredes dessa cor...

Quando saio do banheiro, vejo que Lina não está mais, ela já deve ter decido. Desço as escadas, e quando vou em direção a cozinha, ouço alguém me chamar.

- Maria - Lina me chama – O vestido... - ela diz, me olhando com um sorriso e ao mesmo tempo culpa.

- Sim, eu... gosto dele. Gosto do que me faz lembrar - digo sorrindo. Lina estava com um vestido Rosa, e sapatilhas, seus cabelos estava solto e me encaracolado.

- Maria, talvez seja melhor trocar, pode ficar frio e você pegou chuva ontem - ele diz, e Lina o repreende.

- Verdade, querida - ouço a voz de dona Rosa.

- Porque estão tão estranhos ultimamente? Vocês sabem o quão especial esse vestido é, mas não entendem o que é perder alguém - digo, com um pouco de raiva.

- Nunca, Maria, nunca iremos saber o que você passou. Só queremos que fique bem - dona Rosa diz, tentando pegar em minha mão.

- Não - digo, desviando de seu toque – Se quisessem que eu ficasse bem, me diriam o que está acontecendo e porquê ficam agindo como se eu fosse um animal, prestes a ser pego.

Quando estávamos chegando em nosso destino – segundo o GPS – uma moça já esperava a gente em uma porta enorme. Descemos do carro, e a mesma falou com todos, e até me cumprimentou. Entramos, e ela pediu para que nos sentássemos. Ela era alta, andava igual uma madame e tinha roupas sofisticadas. Em seu dedo havia um anel de noivado, era lindo, e com certeza a mulher estaria feliz por estar com a amor da vida dela.

- Meu nome é, Leila, prazer em conhecer vocês - ouço a mesma dizer.

- O prazer é meu – Lina diz, menos Marcos, ele não abriu a boca para falar um A.

- Obrigada por nos receber em sua casa - dona Rosa diz, sorrindo.

- Você deve ser a Maria - ela diz, sorrindo.

- Sou eu sim - digo, um pouco tímida.

- Você namora, Maria? - ouço ela me perguntar. Lina, Marcos e dona Rosa, estavam bebendo vinho, e pareciam tenso. Mas o que eu falaria para ela? Que eu fui abandonada, ou esquecida? Eu não poderia fazer isso.

- Mais ou menos... estou esperando uma pessoa - digo, sem conseguir olhar para as pessoas ao meu redor. Ela me olha com um olhar esquisito, e logo diz:

- Ás vezes, é melhor desistir, sabe? Tem coisas que não tem mais volta - ela diz, com um sorriso. E quando vou responde-la.

- Que bom, ver vocês - no momento em que ouço aquela voz, me levanto rapidamente, quase caindo no chão. Mikael...

- Mikael... - digo, com dificuldade.

Meus olhos estavam molhados e, eu nem podia pensar em derrama-las.

- Oi - ele diz sorrindo – Como você está? - como assim, 'como estou?' Ele, ele estava aqui esse tempo todo?

- Vocês... - olho para Lina e os demais.

- Maria... - Lina levanta. Como esconderam isso de mim? Me volto para Mikael novamente, ele estava idêntico, não mudara nada. Mais, seu dedo, brilhava, e não era coisa da minha cabeça... era uma aliança.

- Você mentiu, v-você mentiu! - digo para Mikael.

- Maria, Mikaeel voltou faz alguns dias, ele nos chamou. Iriamos contar a você, mas achamos melhor fazer uma surpresa - ouço a voz de Marcos dizer.

- Maria, podemos conversar? - ele diz, vindo até mim.

- Não encoste em mim! Você disse que voltaria, disse que voltaria! - grito com ele.

- Maria, por favor... - ouço Lina falar.

- Não! Vocês são mentirosos! Todos vocês! Como puderam achar, que eu ficaria feliz... com isso - digo, olhando para aquela casa enorme – Eu... eu amo ele! Lina, Lina você sabe o que eu passei! Porque deixou fazerem isso?! Porque?! - digo, gritando.

- Me perdoa - ela diz, com lágrima nos olhos.

- Vocês... - o choro já havia saído, minhas lágrimas já saiam de meus olhos, era raiva dor... Dou a volta na sala, e vou até a porta. Mas mãos grande me impedem.

- Eu, senti sua falta - ouço sua voz dizer.

- Cala sua boca! Cala a sua boca - digo, olhando-o com raiva.

- Gente, por fa... - ouço aquela mulher dizer.

- Vai para o inferno! Vão pro inferno! - digo a todos eles.

Porque ir... Se Pode FicarWhere stories live. Discover now