Capitulo 34 - Mikael

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- Será que é algo muito sério? - digo, falando com Maria.

- Vamos descobrir, agora fique quietinho para eu arrumar sua gravata - ela diz, sorrindo.

- Espero que seja rápido - digo, e a mesma tenta arrumar a gravata.

- Hm, o que o senhor Mikael está aprontando, para estar com tanta pressa? - ela diz, e me lança um olhar misterioso, mas engraçado ao mesmo tempo – Temos um almoço, não uma reunião de negócios.

- Minha secretaria é gata, estou ansioso para vê-la - digo, e dou uma risada. Maria me lança um olhar mortal.

- Então manda ela arrumar essa gravata - ela diz, e desiste de arrumar a gravata, jogando-a em meu rosto.

- Ciúmes, linda? - digo, puxando-a para meus braços.

- Vou fazer greve, pede ajuda para sua secretária, se tiver coragem - ela diz, se afastando de mim comum sorriso travesso.

Quando entramos na casa de minha mãe, meu pai me lança um olhar de desprezo ao me ver com Maria Clara. Marcos e minha irmã me cumprimentam e vou até minha mãe falar com ela. Seus olhos estavam tão tristes, odiava vê-la daquele jeito. Minha avó em coma, é muita coisa para dias tão curtos.

- Está com a cabeça onde, maninho? - minha irmã pergunta, e dá um soco fraco em meus ombros.

Sou o homem mais feliz do mundo - digo, olhando para Maria Clara.

- Porque? A secretaria te deixou feliz? - ela diz, com um olhar carinhoso.

- Que secretaria, Mikael!? - Marcos diz, batendo em mim. 

- Ai, caralho! É brincadeira dela - digo, rindo.

- Tudo bem - Maria diz, rindo.

- Vocês são lindos - Lina diz, enquanto abraça Marcos.

- Menos o Mikael - Marcos diz rindo, então vou pra cima dele.

- Pelo amor de Deus - Maria diz, revirando os olhos. Me aproximo dela e, agarro seus quadris, trazendo-a para perto de mim.

- Você vai revirar esses olhos sedentos, quando eu estiver chupando você - digo isso, bem perto de sua orelha. Ela dá um gemido quase inaudível, e então minha mãe fala:

- Vamos para a sala de jantar - ela diz, se dirigindo a sua cadeira.

Quando todos nós já estávamos sentados à mesa, meu pai tira um papel de sua pasta, que estava ao seu lado.

- Como vocês sabem, eu e Rosa estamos nos divorciando - ele diz, enquanto olha para mim.

- Porque? Além de ter abandonado a gente, quando mais precisamos - Lina diz, segurando a mão de Marcos. Maria estava tensa, e segurava minhas mãos com força.

- Seu pai precisa aprender a respeitar as pessoas - minha mãe diz, olhando para o meu pai com desprezo.

- Mas, além disso. Precisamos dizer algo a você Mikael - meu pai diz, com um olhar distante. Minha mãe estava com os olhos molhados. O que está acontecendo?

- Quero que saiba que isso, esses desastres, é a culpa de uma só pessoa - ele diz, e encara Maria Clara.

- Isso é culpa sua - minha irmã diz, defendendo a mesma.

- Ah, mais ou menos... trinta anos atrás, a casa do campo, a que você deu a Maria Clara, era onde nós estávamos enquanto a antiga casa não ficava pronta. Então ficamos lá durante algum tempo, e durante esse curto período, aconteceram algumas coisas. Uma tarde, alguém bateu em nossa porta, e quando fomos abri-la, não havia ninguém, apenas... uma criança, que parecia ter uns... dois ou três anos. Eu e seu pai não pensamos duas vezes, e acolhemos. Estávamos tentando engravidar havia anos, e nunca dava certo. E, quando aquilo aconteceu, era um milagre. Era você... 

Porque ir... Se Pode FicarUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum