Capitulo 24 - Maria Clara

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Ele. Ele não sente o mesmo que eu e, isso ficou bem claro pelas suas palavras. Onde eu estava com a cabeça, na hora de beija-lo? Eu, eu não sei o que acabei de fazer e, não sei como vai ser daqui para frente. Talvez devamos parar com a intimidade que temos. Eu, não sei o que fazer.

Quando o médico dá alta para Mikael, mando, uma mensagem para dona Rosa, avisando que já estamos voltando. Mikael está calçando os sapatos e, assinando alguns papéis do hospital. E quando o mesmo acaba, vem até mim com um sorriso. Para de fazer isso...

- Pronto, podemos ir embora - ele diz e, sorri para mim.

Decido ficar calada e, esperar chegar em casa. Mas, o caminho do hospital, até o hotel, parece uma eternidade e, fico cada vez mais nervosa. Ele segura minha mãe, como se fosse algo natural. E com receio de tira-la, eu deixo ela onde está.

Quando finalmente chegamos em casa, pegamos o elevador. Quando o mesmo se abre, tento andar rapidamente, mas dona Rosa acaba me vendo.

- Querida, vocês chegaram - ouço dona Rosa dizer, enquanto entro no apartamento de Mikael.

- Sim - dou um sorriso, amarelo – Senhor Mikael, ganhou alta - quando a mesma percebe como me referi a Mikael, sua expressão muda.

- Tudo bem, por aqui? - ouço sua voz, entrando e fechando a porta.

- Não - dona Rosa diz, com um sorriso.

- Com licença - digo, indo direto para o quarto.

Meu deus. Porque agora é tão difícil ficar longe dele? Não quero que as coisas fiquem estranhas entre a gente, mas não quero ficar criando expectativas em algo... que nunca existira. Deixo minhas coisas em cima da cama e, vou para de baixo do chuveiro. Era madrugada e, eu estava cansada e com sono, e só de pensar que terei que dormir na mesma cama que Mikael, um aperto toma conta de mim. Meu corpo relaxa ao sentir a água quente em contato com a minha pele. Eu não sei o que fazer, o que pensar, como agir. É como se fossemos amigos a anos e, só agora eu disse a ele que gosto dele e então fica tudo uma bagunça, não sabendo voltar para amizade de antes.

E como não posso ficar embaixo da água para sempre e, evitar o constrangimento de ver Mikael, acabo desligando o chuveiro. Passo hidrante e coloco meu pijama. Na verdade é uma blusa e, um short, mas para mim é um pijama. E quando eu saio do banheiro, já era de se esperar que ele estivesse ali.

- Está tudo bem? - ele pergunta, enquanto eu levo meu vestido até a cama.

- Sim - digo, mas minha voz acaba saindo, seca.

- Está mesmo? Desde que eu lhe... - antes mesmo, de sua frase ser completa, eu o interrompo.

- Já disse, que está tudo bem, senhor Mikael - digo, sem olha-lo. 

Porque ir... Se Pode FicarWhere stories live. Discover now