18- Guardiões Da Lua

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Me virei para ver de quem se tratava. A dona da voz era uma mulher de ar duro e arrogante, porém muito bonita. A mulher era alta, deveria ter 1,75 mais ou menos, o seu cabelo parecia ser negro como uma noite sem luar, os seus olhos eram tão negros quanto seus cabelos, sua boca carnuda estava rígida em uma expressão de pura raiva, ela estava vestida toda em negro, uma calça de couro, botas de cano longo e uma camisa de gola alta acompanhada de um sobretudo com um ar meio medieval, o cabelo negro estava preso em um coque no alto da cabeça. Junto com ela estavam professora Selena e uma mulher de cabelo loiro escuro e olhos cinza, ambas usavam um traje idêntico ao da mulher de cabelos negros, dois homens, também de sobretudo preto, as acompanhavam, mas estes usavam coletes de couro, eram muito musculosos, tinham as cabeças raspadas e ar ameaçador, ambos seguravam duas enormes cimitarras nas mãos.

_Mãe? O que faz aqui? _Tyler olhava para a mulher de cabelos pretos com uma expressão de puro espanto. Ela havia a chamado de mãe? As informações giravam em minha mente como um redemoinho caótico. _quem são essas pessoas? _ele voltou a inquirir.

_O que eu faço aqui? _Ela olhou para o filho e pareceu ficar ainda mais irada, se é que isso era possível _acho que a pergunta correta é, o que "você" faz aqui.

_Estava... ajudando ele. _Tyler respondeu sem jeito, pela primeira vez eu estava vendo o meu colega de fato intimidado, mas eu não o culpava, aquela mulher era assustadora com toda aquela dureza e ar arrogante.

Cecília dirigiu um olhar duro para Morgue.

_Prendam-no. _Assim que a mãe do Tyler proferiu essas palavras os dois brutamontes carecas se dirigiram até Morgue com um sorriso diabólico.

Morgue olhava tudo com uma cara totalmente aterrorizada, parecia ter mais medo agora do que quando os vazios apareceram, ele abriu a boca para falar algo, mas não teve tempo, antes que pudesse emitir qualquer som ou tentasse fugir já estava sendo seguro pelas duas figuras, em questão de segundos eles o amarraram com duas cordas, o nó parecia apertado pois Morgue guinchou de dor.

_Guardiões, clemência guardiões! Sou um simples gnomo que vive do comércio! _finalmente Morgue havia encontrado palavras.

_Cale sua boca criatura ridícula _A mulher de cabelos loiros disse em um tom seco.

_Eu sou inocente, me deixem ir! _o gnomo bradou novamente.

_Você é apenas um criminoso vil _a mãe do Tyler o olhava com desprezo _se alguma coisa tivesse acontecido com meu filho você nem ao menos teria um julgamento, seria morto aqui mesmo.

_Nós aceitamos segui-lo, foi nossa escolha! _eu falei com pena do Morgue, ele choramingava pedindo clemência.

_Calada! _a mãe do Tyler me olhou de uma forma tão dura que eu me calei imediatamente.

_Esses não são os únicos crimes dele Crystal, professora Selena me respondeu calmamente.

Os dois homens carecas puseram Morgue de pé e o amordaçaram, pondo fim aos seus pedidos. Um deles passou uma rasteira do gnomo, com os seus braços atados ao seu tronco Morgue caiu de forma feia no chão, ele guinchou de dor.

_Espere, não vão machuca-lo. _Tyler que até então demonstrava gostar de Morgue do mesmo tanto que um cachorro gostava das suas sarnas saiu em defesa do gnomo. Os homens nem olharam para meu colega. Nesse momento algo óbvio veio a minha mente.

_Sua mãe e os outros conseguem vê-lo, veja como Morgue falou com eles, são guardiões! _minha voz saiu fraca, mas Tyler a ouviu.

De certa forma essa conexão era óbvia, se nós éramos guardiões os nossos pais também por lógica deveriam ser.

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