47- Sherlock Holmes

246 30 73
                                    

Crystal

Estávamos no nosso chalé, já era pelo menos 1 hora da manhã, e ninguém havia dormido ainda, continuávamos todos chocados com a postura dos mestres da ordem. Será que na mente deles eles estavam tomando atitudes aceitáveis?

_Cara, eu estou com vontade de matar alguém _Natasha falava para o Peter furiosa.

_Que não seja eu, assim espero! _ele falou arqueando as sobrancelhas.

_Que tipo de mestres são aqueles, em todos os meus anos treinando na cidade dos guardiões tive várias conversas com você Peter, e você nunca me contou que os mestres do acampamento eram um bando de fanfarrões nojentos e....

_Calma Nat, alguém pode ouvir _Peter disse preocupado

_A Natasha tem razão _era a vez de Tyler _Os mestres são incoerentes, tomam atitudes idiotas, e tem um discurso doente.

Peter abriu a boca _Mas...

Eu interrompi meu primo _Peter, eles têm razão, como podem não punir o Kirk depois dele ter quase matado a Maya? Como eles podem ter lançado um encantamento que não poderiam controlar? Por que a regra que a declaração verbal não era suficiente para desistir de uma luta?

O silêncio nesse momento se projetou sobre nós, como um fantasma espreitando, buscando uma forma para quebrar as barreiras da nossa sanidade, e simplesmente destruir aquilo que outrora chamávamos de lucidez.

_Eu na verdade também achei estranho a parte do encantamento _Peter falava inquieto _esse encantamento não era assim, sempre ouvi as pessoas falando que Lady Sophie podia o quebrar. Caramba, até mesmo a uns anos atrás aconteceu dela precisar o quebrar, em uma luta dois participantes se machucaram, e eles quebraram a barreira e entraram para intervir. _ele aparentava estar confuso _não entendo essas novas regras, nem o descuido de Sophie em lançar o encantamento e não saber o quebrar depois mas, sei lá!

Peter não era o único a não conseguir responder minhas constantes e repetitivas indagações sobre o assunto. Ninguém parecia capaz de responder suas próprias perguntas internas, quem dirá levar luz aos pensamentos tumultuosos dos outros. Caios, Clara, e até mesmo Dalla, que ainda não era uma pessoa a quem tivesse convicção em apontar como aliada, permaneceram aqui até quase meia noite. Passamos de maldições bravas, até chegar em um progressivo silêncio consternado, eles por fim foram embora para seu próprio chalé, para talvez continuar sua conversa entre eles, ou quem sabe afogar a raiva no conforto dos seus travesseiros.

_Sei lá? Pois eu sei do que se trata. _Tyler me assustou com sua voz potente _eles são obsoletos, e, além disso, negligentes. Não estão interessados de nos treinar ou servir a ordem, querem apenas fazer a manutenção do seu próprio poder e prestígio.

_É, mas o que podemos fazer? _Peter falou grave _somos iniciados do primeiro ano, temos um longo caminho para percorrer até que a nossa opinião valha mais que um cobre furado.

_Precisamos achar um jeito, isso é injusto demais _Natasha andava de um lado para o outro.

Peter a olhou em meio a um revirar de olhos irritado.

_E o que quer que façamos?

_Você é o letrado sua anta! É você que precisa nos dizer! _ela vociferou de volta.

_Ah Natasha, então devemos abrir um processo na cidadela contra os mestres! _ele respondeu com desdém. _séria épico! Quatro iniciados contra os 3 mestres líder das castas em treinamento do acampamento!

Peter parecia ter sua calma e amabilidade, antes constante, abalada pelo contato diário e extenso com Natasha. Eu amava Natasha, mas tenho que dizer, as vezes ela sabia como irritar alguém.

A Ordem Da LuaWhere stories live. Discover now