62- Ladrões De Armamento

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O caminho indicado por Peter não era exatamente curto, eu e o Tyler corríamos pelos corredores, eu tentava a todo custo não tropeçar em meus próprios pés, nós não estávamos tendo um dia exatamente fácil. Essa parte da prisão não era muito ocupada por celas e prisioneiros, deveríamos estar a caminho das partes reservadas ao administrativo da prisão, até mesmo a aparência do lugar mudava, isso se dava porquê estávamos saindo do subsolo para os andares da superfície. O subsolo era reservado aos prisioneiros, portanto não havia muito esmero ali, o chão era de pedra polida, mas estava sujo e poeirento, as paredes eram sujas e cheias teias de aranha e outros insetos. A parte da superfície da prisão possuía um piso brilhante e luminoso, a pedra era negra e reluzente, a parede era pintada de tons pastéis e cobertas por quadros e tapeçarias, os quadros apresentavam membros célebres da ordem que haviam trabalhado no setor prisional dos guardiões, nas tapeçarias estavam narradas missões e feitos dos guardiões.

Eu corria em ritmo acelerado, quase esbarrei no Tyler quando este parou abruptamente na minha frente se virando para mim.

_Ei _disse meu amigo _daqui para frente acho que seria prudente usarmos o tal feitiço de invisibilidade que você sabe fazer.

Ele estava certo, dali para a frente iríamos entrar em contato com vários guardiões, a prisão não era uma entidade fantasma, não haver guardas espalhados pelos corredores da prisão era apenas uma prova da confiança que a ordem tinha nas defesas mágicas impostas nas celas dos detentos.

_Sim _concordei _mas não é um feitiço Tyler, é mais uma brincadeira com runas.

Meu amigo deu aquele sorriso que sempre me fazia ficar desconcertada _Que seja Crys, use então essa sua brincadeira. _falou em tom engraçado.

As runas precisavam de algum combustível mágico para funcionar _Vamos precisar de um pouco de sangue _falei meio tensa, eu nunca iria me acostumar com o costume dos guardiões de viver se cortando. Tyler estendeu o braço em prontidão, ele curvou a cabeça em direção ao braço, como não tínhamos nenhuma lâmina ele pretendia se cortar com o auxílio dos dentes. _Ei _falei o interrompendo _acho que iremos precisar do meu sangue, com o meu sangue as runas irão funcionar por mais tempo.

O sangue do Tyler possuía o traço mágico genético que havia no sangue de todos os guardiões, mas ao que parecia o meu sangue possuía a essência mágica pura das antigas feiticeiras. Eu não precisei explicar isso para o meu amigo, ele entendeu de imediato. Eu olhei meu braço meio incomodada, era uma pena que o sangue em minha cabeça e outros ferimentos já estivesse seco, eu não sabia se era tão corajosa assim para me morder até provocar um ferimento que escorresse sangue fresco. Tyler sorriu gentilmente _Quer ajuda Crys?

Era uma boa ideia deixar que meu amigo provocasse o corte necessário, eu estendi minha mão _Me lembre de extrair meu sangue com uma seringa e colocar em um fraco para levar nas nossas missões de agora em diante _falei agoniada. Tyler riu, sua risada era calma e gentil, isso me deixou menos tensa mas logo a dor provocada pelo seu dente deslizando por um dos meus dedos me fez ter que utilizar de esforço para não gritar. Gotas frescas e brilhantes de sangue começaram a escorrer do meu polegar.

_desculpe _meu amigo deu de ombros.

_Tudo bem _respondi. _levante sua camisa _Tyler sorriu de maneira maliciosa o que me fez ficar vermelha, revirei os olhos o repreendendo. Eu desenhei o padrão de uma runa no peito do meu amigo e infundi um pouco de energia no processo, logo essa runa começou a brilhar, Tyler desapareceu na minha frente mostrando que havia funcionado.

_Vamos ficar invisíveis, mas vamos continuar enxergando um ao outro _ele perguntou curioso.

_Sim _respondi _eu desenhei um padrão de ligação na sua runa e irei desenhar na minha também, dessa forma nossas runas estarão ligadas, poderemos enxergar perfeitamente um ao outro assim que eu desenhar a runa em mim também.

A Ordem Da LuaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora