56 • Marry me

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Novembro, 2018 • Boston – MAScarlett Johansson

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Novembro, 2018 • Boston – MA
Scarlett Johansson

O banho quente relaxou todo o meu corpo após um dia cansativo de trabalho, mas o frio do pingente de Saint Christopher não me fazia esquecer que eu tinha a melhor pessoa ao meu lado, mesmo quando as coisas estavam retrocedendo. 

Eu tinha problemas para resolver, relatórios para analisar, aflições para combater, e tudo se tornava mais fácil de lidar sabendo que Chris estava ao meu lado.

Fosse como um amigo, meu confidente ou meu namorado.

Namorado.

Ainda estava me acostumando com esse termo. Depois de omitir por tantos anos o que eu sentia, depois de colocar o sentimento dentro de um canto escuro dentro de mim, parecia surreal tornar uma palavra de oito letras no sinônimo de um nome. Um nome que por tanto tempo era o significado de distância e saudade.

Confesso que foi rápido me acostumar com o cheiro de Christopher nos lençóis e me sentir amada. Jantar juntos após um dia exaustivo, e até mesmo, correr pela manhã – esse último eu ainda não tinha acostumado tão rápido. Aquilo era bom, incrivelmente bom, porém quando eu achasse um novo apartamento, eu sentiria falta daquela simples intimidade.

Seria difícil acordar sem os seus braços ao meu redor.

Me enrolei rapidamente no roupão de algodão ao ouvir a companhia tocar no andar de baixo, junto com os latidos abafados de Dodger. Praticamente corri até a porta, confusa com a visita inesperada e me surpreendi ao encontrar um entregador com um enorme buquê de rosas vermelhas.

— Entrega para o senhor Stan — franzi as sobrancelhas.
— Sebastian Stan? — o entregador assentiu.
— Poderia assinar aqui? — assinei com dificuldade o tablet na mão do entregador e abracei o buquê. Era lindo e estupidamente enorme.

Observei o entregador entrar em sua mini van e antes do automóvel sair da calçada, a Mercedes luxuosa de Chris apareceu na rua. A feição confusa dele ao notar as flores denunciava que ele também não fazia ideia do que aquilo significava.

— Quem foi o engraçadinho que teve a audácia de mandar um buquê para a minha namorada? — seu tom de brincadeira, ao estacionar o carro, me fez sorrir. Eu adorava ser chamada daquela forma. Fechei a porta da entrada e caminhei pelo hall até a porta interna da garagem.
— Acho que o Sebastian entrou na disputa — brinquei o fazendo gargalhar, enquanto a porta da garagem fechava eletronicamente — Sabe o que significa?
— Que ele vai sofrer porque já você é minha? — sorri, fitando o homem maravilhoso dentro de um paletó importado sair do carro. 
— Não, bobo. Que elas devem ser para a Lizzie — Chris andou até mim segurando a sua maleta e tentou me beijar, mas a extensão do buquê o impediu.
— Acho melhor você se livrar disso. Eu quero te beijar — gargalhei e me pus de lado, permitindo que ele me desse um beijo mas demorado do que eu esperava — Você realmente precisa se livrar desse buquê — falou, malicioso.
— Tenho a sensação de que tem algo a mais para me contar além do buquê — ele bufou, frustrado, enquanto eu ia para a cozinha. 
— Era para ser uma surpresa, mas até quando o Sebastian consegue ficar calado, ele estraga tudo — eu sorri,  — O pessoal vem jantar hoje aqui.
— Alguma ocasião especial? — coloquei o buquê sobre a bancada de mármore, e o observei se desfazer do paletó e da gravata, durante a recepção calorosa que Dodger fazia para ele.
— Não que eu saiba.
— Então o Sebastian enviar um buquê para sua casa não é nada? — ele me olhou, entre um carinho e outro no cachorro.
— Talvez ele peça a Lizzie em namoro — arregalei os olhos, contente.
— Por que você não me disse isso antes?
— Porque eu estava ocupado planejando o meu pedido — cruzei os braços, e ele me abraçou — E se o Sebastian conseguiu segurar a ansiedade sem contar nada a ninguém, é uma grande vitória — concordei e selei nossos lábios.

𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 𝐋𝐎𝐕𝐄 | ✓ Where stories live. Discover now