24 • Mi casa es su casa

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Novembro, 1998 • Boston – MAScarlett Johansson

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Novembro, 1998 • Boston – MA
Scarlett Johansson

A caminhonete do senhor Evans estava parada em frente a casa da minha capitã, mas o motorista insistia em não sair. Christopher temia com a ideia de que não gostava de festa e que o melhor seria ir para casa. Óbvio que eu não iria permitir, ele era o meu par e eu o faria se divertir hoje.

— Christopher, desce logo desse carro! — cruzei os braços em frente a janela do assento do motorista do Ford Ranger STX azul — Até o Sebastian está lá dentro.
— O Stan é louco. Eu ainda tenho amor a minha vida — tirei a coroa de rainha do baile da cabeça, jogando em seu colo, perdendo a paciência.
— Você quer mesmo que eu chame o Hunter e o Anthony para te puxarem daí? — o vi respirar fundo, derrotado.
— Eu preciso avisar a minha mãe que estou aqui — ele disse, saindo da caminhonete e travando a porta.
— Eu me resolvo com a tia Lisa depois — pulei em suas costas, e ele segurou as minhas pernas para não cair.
— Quanto daquele ponche você bebeu? — eu gargalhei do seu comentário. Eu realmente estava animada por causa do álcool.
— Parei de contar no terceiro copo — admiti e ele riu, me colocando em pé no chão, em frente a porta.

Christopher ja estava mais informal. O paletó do seu smoking estava no carro junto com a gravata, as mangas da sua camisa social azul-claro com finas linhas quadriculadas, estavam arregaçadas até o cotovelo, e o boné da NASA já estava ocupando o devido lugar em sua cabeça. Suas mãos estavam dentro dos bolsos frontais da calça, demonstrando nervosismo. Ele não lidava bem com o público, e eu admitia que adorava vê-lo ultrapassando as próprias barreiras.

— Hey! — a voz de Zoe me fez virar para trás. Ela estava entre as pernas de Anthony, que se encontrava sentado na cerca de madeira da varanda — Se demorarem mais, a Brie vai beber tudo sozinha — seu namorado riu, admitindo que aquilo era verdade.

O interior da casa estava uma tremenda doideira. Pessoas pulavam ao som de uma música que eu não reconhecia a letra, casais faltando bem pouco para transarem em alguns sofás e poltronas, o cheiro de maconha no ar era perceptível, além dos barris de cerveja espalhados pela casa.

Elizabeth, a anfitriã, já estava alterada o suficiente para não se importar com nada disso. Como eu sabia disso? Ela simplesmente abraçou o Christopher quando ele chegou.

— Você conseguiu trazer ele! — Lizzie literalmente pulou nos braços do Chris, que cambaleou no lugar.
— Foi difícil mas consegui — a cara do Evans de "que porra está acontecendo?" foi o suficiente para me fazer rir.
— Sinta-se em casa — ela disse para o meu par, com a voz embargada — Mi casa é tu casa.
Mi casa es su casa — a corrigi e ela me olhou, sem entender, semicerrando os olhos.
— O quê?
— O correto é mi casa es su casa — ela revirou os olhos.
— Tanto faz, Scarlett. Foda-se o espanhol — Lizzie ergueu os dois dedos do meio enquanto caminhava até o fundo da casa, cambaleando.
— O que acabou de acontecer? — Chris perguntou, ainda se situando sobre o que aconteceu.
— Você acabou de conhecer a capitã das Wolf's bêbada — nós rimos e eu segurei em sua mão — Vem! Vamos achar a Brie.

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