PRIMEIRO AMOR | evansson
***Não se assustem com os +80 capítulos. Parte deles são referências de imagens e mídias sociais.
Enquanto Scarlett Johansson era uma cheerleader popular, sempre rodeada de pessoas e querida por todos, Christopher Evans era...
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Novembro, 2018 • Boston – MA Scarlett Johansson
O dia foi mais longo do que o normal, devido a ansiedade para que a noite chegasse logo. O relógio resolveu me irritar, demorando ainda mais de passar o tempo. Eu me sentia como uma adolescente, saindo com o rapaz mais lindo da escola, após tanto tempo com o romance omisso.
O banho foi mais longo do que o normal, aproveitando a água quente para tentar melhorar a tensão em meus ombros. Não resolveu muito.
O vestido vermelho já estava disposto sobre a cama quando comecei a me maquiar, tentando não fazer nenhuma merda que fizesse em começar tudo novamente. Maldito delineador.
O barulho irritante do interfone disparava da cozinha, indicando que alguém havia chegado na portaria. Minha expressão de nervosismo no reflexo do espelho denunciava que eu sabia quem era o visitante, me fazendo hesitar em ir até o cômodo e liberar o seu acesso.
Mas o fiz.
Fechei o zíper do vestido. Dei uma olhada no espelho, tentando por na cabeça que aquilo era apenas um jantar entre amigos que não se viam há muito tempo, nada demais. Coloquei os brincos e passei o batom vermelho, respirando fundo ao ouvir a porta do apartamento sendo fechada.
— Scarlett? — No quarto! — indiquei — Segunda porta a direi...
A minha fala sumiu ao ver Chris parado na porta, pelo espelho. Tão lindo quanto eu me lembrava. Ele ficava tão bem de terno... A ideia do jantar foi péssima. Como eu iria conseguir me controlar ao lado desse homem?
— Uau! — ele sorriu, quando me virei para ele as Você está... magnífica! — senti o meu rosto enrubescer. — E você não está nada mal — me sentei na cama, colocando os saltos nos pés. — Mereço um elogio melhor — ri fraco. — Você está ótimo! Só achei que sendo advogado, saberia dar um nó em gravata melhor.
Caminhei até ele e me pus a ajeitar a sua gravata estampada, combinando com o terno. Seu perfume amadeirado era tão forte e másculo que me fez perguntar mentalmente se ele tinha aquele cheiro sobre a sua epiderme despida. Ou se os seus lençóis eram tão perfumados quanto ele.
Em momento algum, Christopher tirou os seu olhos de mim, atento aos meus olhos, enquanto eu tinha os dedos próximos ao seu pescoço. Ele não estava tenso, ao contrário de mim, que sentia todos os músculos do meu corpo endurecidos.
— Vermelho sempre caiu muito bem em você.
Sua voz saiu rouca, quase um sussurro. Senti as borboletas em meu estômago tentando arrebentar as minhas barreiras.
Christopher, isso não é hora de ser galanteador!
— Obrigada — dei um passo para trás, a fim de analisar a sua gravata — Agora sim é uma gravata digna de quem ganha acima de cento e cinquenta mil dólares por ano — ele riu. — Que audácia, Scarly.
