Prólogo

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Agosto, 1998 • Boston – MA  Christopher Evans

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Agosto, 1998 • Boston – MA
Christopher Evans

O sinal do Boston College High School tocou mais uma vez indicando o final da segunda aula do dia. Toda a turma já estava eufórica, organizando os seus pertences no interior das mochilas, que antes estavam sobre as mesas. Desviei meu olhar pra o relógio em meu pulso que marcava dez horas da manhã. Respirei fundo ao lembrar o que aquilo significava.

Além de ser o término da minha aula favorita, era o início do meu pesadelo semanal.

Educação física.

Geralmente um adolescente de dezessete anos adora ficar, por livre e espontânea vontade, sob o sol fazendo exercícios que resultavam em cansaço e suor.

Menos eu.

A aula de história era mil vezes mais interessante do que realizar dez voltas sobre o campo de futebol (americano), mas infelizmente eu não poderia fugir da matéria, ou poderia ser reprovado por falta, ou por falta de desempenho, e isso me traria um baita problema com os meus pais, principalmente quando minha mãe é professora na escola em que eu estudo.

— Você pretende chegar atrasado de novo? — a voz de meu melhor amigo, Sebastian, ecoou ao lado da cadeira onde eu ainda estava sentado. Ele já estava de pé, com sua mochila pendurada em um dos ombros — Só me avisa com antecedência porque não estou a fim de receber puxão de orelha da sua mãe de novo — eu ri devido aa lembranças que aquele comentário me trouxe.
— Eu já pedi desculpas por isso — disse, me levantando.
— Minha orelha dói até hoje — gargalhei enquanto andávamos em direção aos corredores.
— Você é a pessoa mais exagerada que eu conheço, Sebastian.

Como sempre, os corredores do colégio estavam um caos. Alunos conversavam com seus grupos demarcados, impedindo que nossa caminhada até o vestiário masculino fosse tranquila, alguns estavam em seus armários pegando os livros das próximas aulas, ou simplesmente fingindo que não haveria a próxima aula. Haviam casais se beijando descaradamente sobre a luz do dia, o que era proibido, mas obviamente ninguém fazia questão de ouvir as regras ali.

Ajeitei o meu óculos de grau sobre o nariz fingindo ser invisível, pois era o que eu desejava com frequência. Eu praticamente rezava para não encontrar nenhum imbecil do Wild Wolf pelo colégio, o que era quase impossível já que um time de futebol americano tem mais de 20 jogadores.

Estranhei quando cheguei ao banheiro sem me esbarrar com nenhum casaco de esporte branco e vermelho durante o percurso, mas a resposta para a minha dúvida estava no campo de futebol. Minha aula de educação física seria junto com os Wild Wolf's.

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