64 • Sinapses

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Esperem a deixa no capítulo para ouvirem a música acima

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𝓓𝓪𝔂 𝓮𝓵𝓮𝓿𝓮𝓷
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Dezembro, 2018 • Boston - MA
Chris Evans

Por ter passado a noite com Scarlett, fui o primeiro a saber o resultado dos testes neurológicos que o doutor Thomas Koracick realizou antes de eu chegar ao hospital. Desde então, aquela sensação de nervosismo me atingia, provocando incômodo em meu estômago.

Eu não consegui pregar os olhos quando soube que aquele seria o grande dia. Se os testes fossem positivos, Scarlett finalmente sairia da intubação. 

De certa forma, eu conseguia me acomodar na poltrona retrátil e reclinável – e por incrível que pareça, era extremamente confortável – com o edredom, coberto até o pescoço. Mas era impossível dormir com o barulho dos aparelhos médicos e das enfermeiras, entrando frequentemente para atualizar seu prontuário. Além disso, ainda tinha que lidar com o medo de alguma máquina parar de funcionar ou da Scarlett ter uma outra parada.

Eu sabia que ela não teria outra parada cardíaca como no dia da emergência. A doutora Pierce deixou claro que o seu caso cardíaco estava ótimo e que os exames estavam normais, porém eu ainda tinha pesadelos com aquela cena, sempre que conseguia dormir. 

Eu suava frio só de pensar.

A porta foi aberta e eu abri os olhos com o clarão das lâmpadas do corredor da UTI. A luz do quarto foi acesa e observei Doutor Koracick e outra médica entrarem com papéis em mãos.

Eram os resultados dos testes.

Subitamente, me levantei, sem me preocupar em espreguiçar. Eu não tinha conseguido pregar os olhos por um minuto sequer. Na verdade, eu não tinha uma boa noite de sono há dias. Era notável a falta do calor de Scarlett dormindo ao meu lado.

— Boa noite, Chris — com o tempo que eu estava no hospital, me tornei praticamente íntimo dos médicos — Como está a nossa garota? — o doutor brincou.
— Viva.
— E vai continuar assim — a médica ao seu lado falou, com o sobrenome Shepherd no jaleco. Ela já tinha me dito que era irmã do neurologista que operou a Scarlett, em Lynn.
— Talvez até seus noventa anos — sorri, transbordando esperança — Com três filhos e sete netos.
— É o que nós desejamos — eu disse.
— Os resultados foram positivos. Scarlett reagiu bem aos testes, mas será um longo caminho pela frente. O hematoma realmente não voltou e continuará assim.
— As enfermeiras virão retirar a intubação e trocar o propofol por morfina — disse, a doutora.
— Então em breve ela vai acordar?
— Questão de horas para a sua mulher estar de volta — assegurou, tirando certo peso das minhas costas.
— Às vezes pode demorar mais do que o esperado. Isso é totalmente normal.
— E quando ela acordar, chame imediatamente pelos enfermeiros. Scarlett pode se sentir um pouco confusa.

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