PRIMEIRO AMOR | evansson
***Não se assustem com os +80 capítulos. Parte deles são referências de imagens e mídias sociais.
Enquanto Scarlett Johansson era uma cheerleader popular, sempre rodeada de pessoas e querida por todos, Christopher Evans era...
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Outubro, 2018 • Boston – MA Scarlett Johansson
Olhei mais uma vez a minha imagem no espelho do banheiro satisfeita em não ter bebido no dia anterior com Brie, mesmo com a insistência da minha amiga. Isso provavelmente teria me dado algumas olheiras com a junção do álcool e do dia cansativo no setor financeiro da empresa em que agora eu trabalhava. Ainda estava me situando, como a nova chefa do departamento, com toda a rotina e papelada que chegava com frequência em minha mesa.
Borrifei o perfume na curva do meu pescoço antes de pegar o sobretudo longo e a minha bolsa sobre a cama, e me direcionar rumo a entrada do edifício.
Mais cedo, havia deixado o meu carro em uma oficina sugerida pelo meu irmão devido ao problema no aquecedor. Então, a única solução cabível era ir até a casa de Christopher de Uber, ja que ele morava a uma distância razoável.
O outono gélido de Boston denunciava que o inverno, que estava cada vez mais próximo, seria ainda pior esse ano. Andar em um automóvel com o aquecedor quebrado sob o frio de três graus dos meses de dezembro e janeiro estava fora de questão.
Assim que recebi a mensagem de Chris, eu reconheci o endereço. Era a mesma rua que a sua família morava, há vinte anos atrás, deixando claro que ele preferiu continuar perto dos parentes e das lembranças em que cresceu. Não era de se esperar diferente, eles sempre foram muito unidos. Eu conhecia cada casa que o carro passava, e podia até ver uma Scarlett ruiva com a jaqueta dos Wild Wolf's, caminhando ao lado de um Christopher com os óculos de grau e o velho boné da NASA.
O motorista parou o automóvel em frente a uma casa na cor cinza-elefante de dois andares. O gramado era tão verde que eu poderia jurar que era artificial. As janelas brancas combinavam com a porta da garagem, e o telhado preto fazia par com a porta principal. Era uma bela casa para um advogado.
As luzes do térreo estavam acesas, denunciando que o dono da residência estava presente. Pela região de vidro na porta, espiei o interior, acertando na hipótese do quão amplo era a sua extensão. Levei o dedo até a campainha, e esperei a aparição de Chris, mas antes de vê-lo, o que não demorou muito, aparecendo no final do hall, latidos atingiram a minha audição, e vi o seu cachorro com pelagem alaranjada correr até a porta, ultrapassando o dono, que vestia uma calça moletom cinza e suéter preto.
Ele estava lindo, mesmo com vestimentas tão simples.
— Hey! — ele me abraçou, após abrir a porta — Calma, cara! — o cachorro pulava em cima de mim, causando risos com o seu jeito desengonçado de dar 'oi' — Dodger! — Chris disse firme, fazendo o cão se sentar em minha frente. Ele estava ansioso para ter a minha atenção, seu rabo não parava de balançar — Me desculpa, ele gosta de visitas — disse, entre risos. — E eu gosto de cachorros — disse com uma voz mais fina, causando uma gargalhada em Evans. Me ajoelhei no chão, enquanto Dodger fazia o favor de lamber cada extensão do meu rosto. Ele estava eufórico. — Parece que ele gostou de você também — ele ainda observava a cena, antes de me ajudar a levantar. — Bela casa — senti o aquecedor no hall, e resolvi tirar o sobretudo. Chris logo se prontificou em me auxiliar — Você mora aqui sozinho? — No momento, sim. Quer dizer, moro com o Dodger — o cão o seguiu enquanto ele indicava que eu fizesse o mesmo — Antes o Scott morava comigo, mas ele resolveu noivar. — Sério? — fiquei feliz com a notícia. Eu adorava a família Evans, isso não havia mudado — Fico feliz por ele! — Sim. Inclusive ele vai adorar te ver. — Espero ser convidada para o casamento — brinquei. — Já pretendo incluir o seu nome na lista — ele deu uma piscadela.