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Novembro, 2018 • Nova York – NYChris Evans

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Novembro, 2018 • Nova York – NY
Chris Evans

Eu sabia que o divórcio era um momento difícil, principalmente para alguém que queria tanto formar uma família e viver com essa felicidade diariamente. Scarlett sempre foi rodeada de amigos e familiares,  em toda a sua adolescência, era uma realização quando todos os seus irmãos podiam se encontrar no Natal. Hoje em dia, todos tem a sua respectiva vida, e eu nem fazia ideia de quando foi a última vez que houve uma reunião tão calorosa com a sua família. Romain era a única pessoa que ela tinha, mas ele tinha despedaçado seu coração.

E vê-la triste era a minha ruína.

A música baixa ao fundo do elevador era o único som que impregnava o ambiente, tornando o clima mais ameno, porém eu a conhecia o suficiente para saber que ela estava forçando a barra consigo mesma. Scarlett tinha o mal costume de esconder as suas dores, acumulando-as.

Meu coração já estava doendo com o seu silêncio, quando resolvi forçar a parada do elevador. Automaticamente, Scarlett caiu em soluços incontroláveis, se afogando nas próprias lágrimas de derrota.

— Ei! Está tudo bem! — foi a única coisa que consegui proferir, puxando-a para os meus braços.

Eu a conhecia há vinte anos, durante um período, eu passei mais tempo com ela do que com os meus próprios irmãos, mesmo havendo um intervalo de quinze anos que a vida nos manteve afastados, eu sabia que aquele era o seu limite.

Scarlett nunca tinha chorado em minha frente antes.

Tentando inalar o ar novamente para os seus pulmões, Scarly limpou o seu choro contínuo, prendendo o soluço em sua garganta. Levei as minhas mãos em seu rosto avermelhado, por conta do descontrole, ousando tocar em algumas lágrimas que teimavam em rolar sobre as suas bochechas.

— Ei! — seu inundado verde-água entrou em contato com o meu azul. Eu desejei pegar a sua dor para mim  — Chorar é bom, independente do motivo.
— Eu não... não deveria estar chorando — sua voz embargada denunciou a sua tristeza — Ele não merece nenhuma lágrima.
— Eu sei, mas também te conheço o suficiente para te dizer que você não está chorando por Romain — ela negou com a cabeça, mentindo de modo ineficaz — Não é sua culpa o casamento não ter dado certo.

Scarlett afundou a cabeça em meu peito, sendo perceptível que era exatamente isso que lhe afligia. Destravei o botão do elevador, dando continuidade ao nosso destino, e saímos abraçados, acompanhados pelo silêncio.

O caminho paralelo do corredor até as nossas suítes durou tempo o suficiente para a loira ao meu lado, se recompor e parar de chorar.

— Sabe uma coisa que irá te animar? — Scarly me olhou, antes de por a sua mão na maçaneta magnética da porta — Ravioli — apostei em seu prato favorito, e a vi tentar esboçar um sorriso. 
— Eu agradeço a tentativa Chris, mas eu seria uma péssima companhia hoje — toquei em sua mão, na tentativa de tranquiliza-lá.
— Você nunca seria uma péssima companhia — sinto seus dedos brincarem com os meus e observo a cena, desejando ter o seu toque sempre que eu quisesse — Te encontro as dezoito horas.
— Chris... — choramingou, almejando beijar os seus lábios.
— Dessa vez, deixarei você jantar de pijama — pisquei, deixando a entender que não iríamos para o restaurante do hotel.

𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 𝐋𝐎𝐕𝐄 | ✓ Where stories live. Discover now