37 • Família reunida outra vez

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Novembro, 2018 • Boston – MA Chris Evans

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Novembro, 2018 • Boston – MA
Chris Evans

Aquela noite eu tinha demorado a pegar no sono, graças a minha preocupação recorrente com a Scarlett. Após a confusão, eu não conseguia parar de pensar em um modo de mantê-la segura. Eu sabia que o seu irmão gêmeo a fazia companhia em seu apartamento, além do seu ex-marido ter a passagem bloqueada no edifício em que residia, mas longe de mim, eu sentia que não era seguro. Eu queria tê-la por perto para certificar de que tudo estava realmente bem.

Meu corpo estava totalmente relaxado entre os edredons da minha cama. Tudo estava tão macio e confortável que mal notei o barulho da campainha sendo tocada no andar de baixo. Meu cérebro não assimilou que havia alguém em minha porta até ouvir os latidos ininterruptos de Dodger, que saiu correndo, pulando bruscamente por cima de mim.

— Dodger! — reclamei, ouvindo o meu cachorro uivar enquanto corria para o andar de baixo.

Praguejei, irritado por ter sido acordado de tal maneira. Visualizei os números digitais em branco do relógio na mesa de cabeceira, 8h43 a.m.. Desejei matar a pessoa que estava, nesse exato momento, a interromper o meu sono. Calcei os chinelos, desci as escadas, ainda grogue, sem conseguir entender porque alguém estuprava a minha campainha a essa hora da manhã de sábado.

— Finalmente! — era a minha mãe. Retiro o que eu disse sobre querer matar a visita — Eu já estava para arrombar a porta — Lisa tirou o seu casaco pesado e cachecol, deixando-os no cabideiro do hall.
— A senhora tem a chave daqui de casa. Como eu iria adivinhar que a senhora quem estuprava a campainha? — a ouvi rir atrás mim, a caminho da cozinha.
— Eu tinha me esquecido desse detalhe — a olhei, incrédulo — Além do mais, você tinha que acordar do mesmo jeito. Vai me ajudar com o almoço.
— São oito horas da manhã, mamãe! — sentei na banqueta, observando-a fazer um café.
— E daí? Pretende fazer a Scarlett e o Hunter almoçarem na hora do jantar? — revirei os olhos.
— Me impressiona o Scott ainda não estar aqui — após por a água na cafeteira, minha mãe encostou-se na pia, de frente para mim, com a ilha da cozinha entre nós.
— A noite foi boa, em?! — ela brincou. Apenas revirei os olhos novamente — Ou não foi?
— Não foi.
— O que aconteceu? — perguntou, colocando o café pronto em uma caneca e me entregando em seguida — Christopher. Robert. Evans. — a olhei entre o gole de café, à espera da bronca — O que é isso em sua mão?

Olhei para minha mão direita, vendo o hematoma levemente arroxeado na região da cabeça dos metacarpos. Ontem estava vermelho, por isso não dei importância, mas hoje, estava claro que eu havia socado alguma coisa. Ou alguém.

— Você brigou? — ela perguntou, assustada, pegando um pacote de ervilha no congelador — Desde quando você briga?
— Talvez? — respondi incerto — Não foi nada demais. Amanhã some.
— Não minta para mim, Evans. Pode ir contando o que aconteceu! — respirei fundo antes de contar.
— O ex-marido da Scarlett apareceu no bar e acabou a machucando. Eu acabei perdendo a paciência e parti para cima dele — minha mãe colocou a mão na boca, surpresa — E então ele a chamou de... vadia — passei a mão na nuca, claramente incomodado — Não consegui segurar a raiva e... — respirei fundo, mais uma vez.
— Ela está bem? — assenti.
— Hunter precisou dormir com ela hoje. Nós achamos que talvez ele volte a assombra-lá.
— Isso é óbvio! Se ele demonstra ser violento, provavelmente volte atrás da Scarly. Ai Deus! Tadinha da minha filhinha! — sorri com o carinho repentino da minha mãe — Você ao menos acertou na cara dele? — gargalhei. Minha mãe ainda me surpreendia.
— Ele caiu na calçada. Sebastian, Chris e Anthony precisaram me segurar. Eu realmente perdi a cabeça.
— E você claramente não dormiu com tudo isso.
— Não lembro quando foi a última vez que dormi tão mal assim. Eu tomei a iniciativa de procurar provas para pedir uma medida protetiva para a Scarlett. Conversei até com Jacob, dono do bar. Como ele me conhece e conhece o restante do pessoal, consegui fazê-lo liberar as filmagens das câmeras, sem intimação. As imagens mostram claramente Romain chegando no pub e a arrastando, enquanto Scarlett se debatia, mas também mostra quando eu o escorraçando para fora do bar e lhe dou um murro no rosto. Eu estou como advogado da Scarlett, isso não causaria uma boa impressão. Talvez eu pudesse até ser fichado por agressão física.
— Isso não é bom.
— Não é, mas preciso passar a informação para ela de qualquer maneira. Ela quem irá decidir.
— Você tem certeza disso? — assenti, voltando a tomar o meu café — Sei que fará o que é certo — minha mãe começou a averiguar a geladeira — Tem visto o seu pai?

𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 𝐋𝐎𝐕𝐄 | ✓ Where stories live. Discover now