19 • Mudança de planos

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Outubro, 2018 • Boston – MAChris Evans

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Outubro, 2018 • Boston – MA
Chris Evans

A segunda-feira procrastinou para passar, causando mais ansiedade do que eu poderia imaginar. De reunião em reunião, desviava o olhar entre o relógio analógico na parede e no meu pulso, tentando de alguma maneira fazer as horas passarem mais rápido com a força do pensamento.

Óbvio que falhei.

A caneta estilo crown com o logotipo da empresa dançava entre os meus dedos enquanto o meu colega de trabalho ditava algo em pé, concentrado em seu discurso. Eu conseguia ouvir claramente a sua voz, esclarecendo alguns tópicos sobre a próxima audiência referente a uma das indústrias que defendíamos, mas a atenção não era projetada no assunto.

— Se você mexer nessa caneta de novo, eu vou enfia-la em sua carótida — Sebastian que estava sentado ao meu lado e acabou perdendo a paciência, tirando o objeto da minha mão. Precisei segurar o riso para evitar uma situação catastrófica diante das pessoas.

Com a carga horária do dia concluída, desliguei o computador da minha sala, recolhendo alguns papéis que precisaria, colocando-os em um envelope. O casaco pendurado no cabideiro já estava em meu corpo quando encontrei Sebastian pressionando repetidamente o botão do elevador, como se aperta-lo várias vezes fizesse o mesmo chegar mais rápido.

— Você sabe que quebrar o botão não vai fazer o elevador chegar mais rápido, né? — ele revirou os olhos.
— Não me diga — seu tom saiu debochado. Olhei para o relógio mais uma vez, contando mentalmente quanto tempo demoraria para ir em minha casa, tomar um banho e dirigir até o apartamento de Scarlett — Você está muito distraído hoje — meu amigo perguntou.
— Nada demais — menti, e era óbvio que ele percebeu.
— Você mente muito mal, Cevans — a porta do elevador abriu, nós entramos, com mais duas pessoas.
— Isso foi um elogio?
— Não se você estiver escondendo um corpo — gargalhei.
— Muito bom você me entregando em um elevador apenas com advogados — notei o Dr. Paul Rudd segurar o riso.
— Acha mesmo que eu seria cúmplice sozinho? — brincou, Sebastian.
— Não contem comigo para nada — Rudd anunciou.
— Não é como se desse para fugir — nós rimos enquanto o meu amigo ajeitava o seu cachecol.
— Isso tudo é frio? Nem parece que nasceu na Romênia — saímos do elevador, a caminho dos nossos carros.
— Só porque eu sou europeu não devo sentir frio? — ele perguntou, debochando do meu comentário.
— Talvez? — sugeri e Sebastian entrou em seu carro aos risos, mostrando o dedo do meio antes de bater à porta do motorista.

Dirigi rumo a minha residência com as estrelas sobre o céu. Diferente do verão e primavera, o sol se punha mais cedo no outono, deixando os dias mais curtos e as noites mais longas. O frio estava presente durante vinte e quatro horas, exigindo que os moradores de Boston tirassem as roupas mais pesadas dos armários e as usassem com mais frequência, além do aumento na conta de energia, graças aos aquecedores elétricos.

𝐅𝐈𝐑𝐒𝐓 𝐋𝐎𝐕𝐄 | ✓ Where stories live. Discover now