45 - Dor | P1 (Bônus Henry)

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HENRY

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HENRY

Dias após o descobrimento da traição

Há dois anos eu estive viajando a trabalho. Tudo corria bem até ali, eu tinha estabilidade financeira, as pessoas gostavam de mim e faziam negócios comigo. Eu tinha credibilidade e o meu chefe era praticamente o meu amigo. Eu era o braço direito dele e aquilo me deixava bem demais. A agência tinha bastante lucro, nossa moral estava no topo e os selos eram sempre adquiridos por nós. Foi tudo o que eu sempre quis.

Eu tinha orgulho de mim mesmo por ter me tornado quem eu me tornei profissionalmente. Papai me olhava e eu também via o orgulho nos seus olhos. Oliver Styles adorava falar sobre mim para os amigos, me levava para conhecer gente importante e eu me dava bem com todos eles. Minha mãe era um tanto ciumenta, então não andava contando muito de mim nem do meu irmão para as pessoas. Só que isso nem era um problema, já que ela adorava nos enaltecer.

Essa viagem para a Nova Zelândia foi feita com um tanto de pressa. Eu estava tranquilo, porém com uma leve ansiedade. O filme que se mostrava na tela à minha frente andava devagar e era meio enrolativo, por isso não me prendeu nem um pouco. Só o que eu queria era descer daquele avião e estar em terra firme.

No meu celular havia vestígios de conversas e muitos emojis de corações com Melissa W. Lee. Ela era um dos motivos para a ansiedade. Seu jeito de ser era encantador, ela era uma pessoa incrivelmente linda e eu a seguia nas redes sociais. Melissa era um tanto conhecida por suas iniciativas, mas ela morava muito longe de mim.

A internet permitia que ficássemos próximos, por isso passei a tentar chamar a sua atenção por inbox. Eu fazia aquilo, mas na minha cabeça era só por mandar, já que eu imaginava que ela estivesse ocupada demais para responder desconhecidos em redes sociais.

Mas ela me pegou de surpresa (e tirou um sorriso dos meus lábios) quando respondeu uma das minhas mensagens. Fiquei empolgado com aquilo e eu acho que ela deve ter gostado de mim, porque continuamos nos falando e nos conhecendo. Ela conhecia a empresa onde eu trabalhava e a elogiou por conta dos nossos selos verdes. Também a enchi de elogios e aquilo apenas continuou durante algum tempo.

Melissa sabia que eu iria para a Nova Zelândia e me convidou para jantar em algum restaurante. Aceitei sem nem pensar, porque aquela mulher simplesmente me fazia sentir como um adolescente ansioso. Eu esperava pelas suas mensagens como esperava pelas ordens do meu chefe. Era algo que me prendia e que eu gostava.

Nos dias que passei na Nova Zelândia, usei as folgas para conhecer o país com Melissa Lee, que também usava as suas folgas para estar comigo. Pessoalmente ela era magnífica, emanando uma bondade enorme e fazendo com que eu me sentisse um tanto tênue. Ela adorava falar e eu adorava ficar ouvindo.

E então eu voltei para os Estados Unidos. As conversas passaram a ficar mais íntimas e carinhosas, e eu sentia mais necessidade em querer vê-la e tocá-la, por isso usava o trabalho para estar de volta ao seu país.

a new life • hs | book 2 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora