[⚠️ HISTÓRIA EM REVISÃO ⚠️]
■ ʟɪᴠʀᴏ 2
Harry e Melissa em suas vidas passadas tiveram uma vida de sofrimento e angústia. Este primeiro foi assassinado; já Melissa, resolveu tomar uma terrível atitude para o seu destino.
Assim, foi lhes dado a oportun...
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Eu descobri um pouco mais sobre Yun Baek.
Ela, na realidade, era astrônoma e o trabalho na floricultura era só um segundo emprego. Yun era a primeira pessoa que eu conhecia que trabalhava em uma empresa controladora de satélites (controladora de satélites!) e eu imaginei que aquilo deveria ser o máximo, mesmo que estivesse totalmente longe da minha área de atuação.
Ela vivia no espaço e amava as estrelas, e os planetas, e as constelações…, e todas essas coisas. Era até possível ver tudo dentro dos olhos dela, como uma chuva de meteoros ou como uma galáxia inteira, de tanto que ela gostava. Quando falou aquilo para mim, foi possível sentir toda a sua paixão escorrendo pelos seus poros. Yun me prometeu que me apresentaria à empresa controladora de satélites e que o seu chefe gostaria de conhecer alguém famoso. Eu nem era famoso, mas gostei quando ela sorriu ao falar aquilo.
Yun Baek era bem dinâmica e, às vezes, engraçada, mas de um jeito instantâneo, sem se esforçar para aquilo. Eu conhecia pessoas que se esforçavam muito para serem engraçadas, mas tudo o que elas conseguiam era serem ridículas. Yun não, ela conseguia aquilo naturalmente. E ela gostava muito de mostrar os dentes em seus grandes sorrisos. Nosso encontro na sorveteria rendeu algumas risadas e o dia passou rápido demais pro meu gosto. Ela comprou outro daquele sorvete de pistache e eu tive a comprovação de que iria lembrar daquela cena dela derramando sorvete em mim sempre que eu sentisse o cheiro do bendito pistache.
Eu nunca tinha comido sorvete de pistache, e foi bom. — Minha dívida está paga, senhorita — eu havia dito, depois que ela pagou tudo e saímos do estabelecimento. Ela tinha falado sério quando disse que gostava de sorvete, pois comeu três do mesmo sabor de pistache. — Estou livre agora? — Não está paga, não, porque fui eu quem paguei — disse ela, muito óbvia. Aquilo fazia sentido, mas depois pus a mão boa na cintura, muito injustiçado. — Era uma condição sua!
Ela começou a rir da minha cara e eu também não consegui ficar sério, apenas deixei que ela começasse a me puxar pelas calçadas. Eu conseguia ver melhor o seu rosto e a sua pele, porque ela estava com o cabelo amarrado todo atrás da cabeça. A pele pálida do pescoço estava bem exposta e às vezes eu me pegava olhando para lá, porque era sim um lugar que chamava atenção.
Yun gostava de pegar no meu braço e uma vez ela até me machucou por conta do gesso. Claro que aquilo só me fez rir porque a cara dela de assombro foi engraçado, mas depois ela pareceu ter mais cuidado. Ela era mais comunicativa do que eu imaginava e parecia que gostava de chamar a atenção das pessoas. Suas risadas altas eram contagiantes e as pessoas às vezes achavam graça dela. — Mas, pensa comigo, Styles, você não me deve nada, não — disse Yun, enlaçando o seu braço no meu braço bom. Ela não tinha nem um pingo de vergonha em estar próxima daquele jeito e, sempre que queria, ela me tocava, algo que acontecia geralmente nos braços e nos ombros. Ela poderia até enganar as pessoas com aquele rostinho sério e de vez em quando carrancudo, mas alguém mais próximo dela sempre conseguia dos seus sorrisos. As pessoas que não me conheciam direito sequer olhavam nos meus olhos diretamente, mas Yun Baek não. — Aliás, como ficou o terno? — Em perfeitas condições, nem parece que foi bombardeado com pistache — garanti, ao sorrir para ela. — Mas o que quer dizer com eu não dever o sorvete? Você fez mesmo aquilo de propósito? — Vou levar você em um museu agora — ela mudou de assunto na mesma hora e me deu um sorriso. — Ele é belíssimo, eu acho que você vai gostar.
