[⚠️ HISTÓRIA EM REVISÃO ⚠️]
■ ʟɪᴠʀᴏ 2
Harry e Melissa em suas vidas passadas tiveram uma vida de sofrimento e angústia. Este primeiro foi assassinado; já Melissa, resolveu tomar uma terrível atitude para o seu destino.
Assim, foi lhes dado a oportun...
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Maya me entregou um papel com o endereço do hotel em que Melissa estava, olhei a tabela de voos para a Indonésia e me arranjei, porque eu iria logo no dia seguinte. Eu nunca tinha estado em tantos lugares diferentes em tão curto espaço de tempo, no entanto, mesmo com o jet lag, era algo impulsionador e revitalizante. A Indonésia era um país novo para a lista de lugares que eu já tinha ido e me deixava triste o fato de eu não ter asas e poder voar por conta própria até lá.
O Sr. Lee ficou comigo até que Amelia estivesse em casa, porque, pelo que pareceu, ela precisou ir até o comércio. Quando chegou, seu pai falou com ela e depois foi embora, dizendo que eu poderia falar com qualquer um deles caso precisasse de alguma coisa. — Você quer ajuda? — perguntei, quando ela começou a guardar na cozinha as compras que tinha feito. Amelia negou e deu um pequeno sorriso de agradecimento. — Você parece estar esgotado, Harry — comentou, entretida com a sua própria arrumação. — Espera só um pouco que eu vou mostrar o quarto onde você vai dormir.
A casa da Melissa também não era muito grande, com uma arquitetura suspensa e de frente para um lago com patos. Ela também quase não tinha vizinhos e a outra casa que eu conseguia ver ficava bem distante, algo um pouco maior, que eu imaginei que seria para uma família com mais membros. A casa dela era muito bonita e eu sentia o cheiro da Melissa em algum lugar por ali. As decorações transpareciam muito do que ela era, com plantas e um jardim lá fora.
Muitas fotos dela e da família se encontravam distribuídas pela sala de estar e, quando eu percebi, já estava bisbilhotando, curioso com as suas coisas. Ela tinha uma estante personalizada de caixotes, onde estavam livros, jarros de plantas e algumas garrafas de vidro com flores dentro. Tudo aquilo me fazia lembrar muito dela e eu nem vi que estava sorrindo quando Amelia se aproximou e sorriu também. — Minha irmã cuidou de toda a decoração, móveis e essas coisas, e nosso pai pediu a ajuda de um amigo para desenhar a planta da casa — comentou, as mãos na cintura enquanto observava tudo como eu. — Eu adoro este lugar, fico aqui na maior parte do tempo. Vendi o meu apartamento faz pouco tempo e ainda estamos decidindo onde eu vou morar. — Você e Melissa? — Não, eu e a minha namorada. A gente vai viver junta agora, sabe? — respondeu ela, dando de ombros. Fiquei até meio perdido, porque eu não sabia do detalhe de que ela era homossexual. — Melissa estava muito feliz nesse dia — comentou Amelia, quando viu que eu observava uma das fotos da Melissa, uma em que ela era bem mais nova. — Foi quando os nossos pais adotaram um cachorrinho. Minha irmã ficou tão alegre quando o viu, que andava com ele no colo de um lado pro outro. Ela cuidava tanto dele, fazia questão de dar banho, pôr comida…, havia muita disciplina. Ela ficou bem triste quando o Sr. Jun adoeceu.
Ouvir aquelas coisas era decerto reconfortante, aquecia o meu coração e me deixava muito tênue, mesmo que eu estivesse com os olhos mais pesados do que nunca. Ali naquelas fotos havia muita história da mulher que eu amava, havia pessoas que ela gostava e era o cantinho dela, para onde ela sempre voltava. Ela nem estava ali, mas eu sentia como se estivesse. — Pelo jeito você veio até aqui de surpresa… — disse Amelia, sentando-se no sofá com os cotovelos sobre os joelhos, como se estivesse esperando algo. — Eu conheço a minha irmã, se ela soubesse que você viria, teria mudado todos os planos de ir para a Indonésia. — É, vir pra cá assim, de um jeito meio brusco e desesperado, também não estava nos meus planos — confessei, lembrando do meu irmão sugerindo aquilo. — É uma pena que tenhamos nos desencontrado, mas eu deveria ter imaginado que ela poderia estar em alguma viagem. Eu acho que… — Parei de admirar todas as fotos da Melissa e resolvi sentar em uma das cadeiras. — Eu acho que tive medo do que ela me diria caso eu ligasse e avisasse que estava vindo vê-la. Ficamos muitos dias sem nos falarmos, imaginei que ela estava zangada, ou então que…
