Capítulo 32: O Comensal da Morte Severus Snape

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Naquela tarde, Severus Snape voltou do seu horário de almoço para encontrar dois alunos sentados em seus assentos habituais em sua sala de aula. A presença de Harry Potter não foi surpreendente. A presença de Neville Longbottom foi. Na verdade, era estranhamente desconcertante. "Sr. Potter. Sr. Longbottom. O que os traz à minha sala de aula neste belo dia de verão? Os exames acabaram. Vocês não tem nenhum negócios aqui."

Harry falou com calma, mas com atenção. "Na primeira aula do dia, senhor, percebi que havia assuntos inacabados que deveriam ser resolvidos imediatamente, ao invés de serem... esquecidos. A questão que Jim levantou na enfermaria a respeito de você é, acreditamos, uma dessas questões."

Snape zombou. "Você se refere à acusação dele de que eu sou um ex-Comensal da Morte? O Diretor já respondeu a isso. Eu o aconselharia a aceitar sua declaração sobre o assunto e seguir em frente."

Harry o perfurou com o olhar, como se o desafiasse a usar Legilimência. Para sua surpresa, Snape pôde sentir o início de um escudo básico de Oclumência. Não era nada que ele não pudesse penetrar com facilidade, mas ainda assim era impressionante que o menino tivesse chegado tão longe em sete meses. Apesar do convite, Snape não entrou na mente de Harry e, finalmente, o menino falou.

"Aquele com o poder de derrotar o Lord das Trevas se aproxima... nascido daqueles que o desafiaram três vezes... nascido quando o sétimo mês morre... "O Lord das Trevas gosta do som de sua própria voz, como você sem dúvida está ciente."

"Ahhh," disse Snape. "Eu entendo."

Neville não disse nada durante tudo isso. Ele simplesmente deixou Harry falar enquanto olhava impassível para o Mestre de Poções.

"O Comensal da Morte que revelou essas palavras para Você-Sabe-Quem é parcialmente responsável por dez anos de inferno para mim. Ele também é parcialmente responsável pela perda dos pais de Neville e por isso sua vida foi entregue nas mãos de um bastardo ganancioso que tentou repetidamente assassiná-lo. Neville e eu somos ambos da opinião de que temos direito a uma imagem mais clara de como o Lord das Trevas obteve essa informação."

Snape ergueu o nariz com altivez. "direito, você diz?"

"Sim, senhor," Neville finalmente falou. "é o nosso direito."

Uma centena de comentários cortantes passaram pela cabeça de Snape. Observações odiosas sobre pirralhos estúpidos e arrogantes que precisavam aprender quais eram seus lugares. Sobre como ainda havia tempo ate o semestre acabar para fazê-los esfregar caldeirões, sobre como Harry Potter era tão arrogante quanto seu pai, tão arrogante quanto qualquer grifinório. Mas ele não disse nenhuma dessas coisas... porque quando estava prestes a abrir a boca para liberar sua raiva nos dois meninos, ele foi subitamente paralisado por um par de olhos verdes olhando fixamente para ele. Olhos verdes nos quais não pensava há anos, mas que agora de repente estavam em primeiro plano em suas memória. Olhos verdes que continham em suas profundezas uma fúria justa apenas contida por um forte código moral e uma confiança crescente que finalmente floresceu após dez anos sendo pisoteada. Mas que significavam mais do que isso.

Em suma, Neville Longbottom tinha os olhos de seu pai.

Lembranças do passado:

"Eu não preciso da ajuda de sangues-ruins imundos como ela!"

Lily piscou.

"Tudo bem", disse ela friamente. "Eu não vou mais incomoda-lo no futuro. E eu lavaria suas calças se eu fosse você, Ranhoso."

"Peça desculpas a Evans!" James rugiu para Snape, sua varinha apontada ameaçadoramente para ele.

"Eu não quero que você o faça se desculpar," Lily gritou, se virando para James. "Você é tão ruim quanto ele."

Harry Potter e o Príncipe Da Sonserina Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz