Aquilo não podia estar acontecendo!
Como ela iria explicar aos seus pais que engravidou? E para piorar a sua situação como ela explicaria aos pais que o pai de seu filho era ninguém menos ninguém mais que seu irmão gêmeo?
Explicar que não conseguir...
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23 de dezembro de 2018
Depois do que aconteceu naquele dia, os gêmeos passaram a ficar mais tempo em Metroburg, na sede da Força T. Max tentava se recuperar da ideia de não ser pai, por mais que não sentisse carinho pelo menino, ser pai lhe parecia uma excelente ideia e, com certeza, com o tempo, ele criaria um laço de amor e carinho pelo pequeno de olhos azuis.
Quanto a Phoebe, ela tentava fazer o máximo possível pelo irmão, na tentativa de fazê-lo sentir-se melhor. Ela já estava convencida que lutar contra aquele sentimento era total perca de tempo e apenas se deixaria levar. Quanto a ele, em relação ao que sentia, já não conseguia reprimir os sentimentos e por vezes foi pego olhando para ela de forma apaixonada.
Ambos já haviam trocado alguns beijos, mesmo que de forma indesejada. Pegavam-se olhando um para o outro e quando esses olhares eram profundos e eles estavam perto, simplesmente, acontecia.
Mas, tornando a atualidade antes de voltar ao passado, hoje seria a última reunião do ano para os comandantes das grandes repartições da Liga. Então, sendo a Força T uma dessas repartições, os gêmeos estavam desde cedo em Metroburg. Todavia, agora é necessário narrar alguns fatos que antecederam esse dia.
Kickbutt havia confiado a Max e Phoebe uma missão, um tanto surpreendente, que lhes caiu quase como uma vingança. A presidente os mandou recolher os poderes de um certo rapaz que já não era parte da Liga e havia feito o requerimento há alguns dias, tratava-se de Link. Ele, agora, queria uma vida normal e não mais lembrar dos Thundermans, seu filho também perderia os poderes, afim de não ter ligação com aquele universo.
Era pois dia 25 de novembro quando os gêmeos se dirigiram ao local e, vestidos como pessoas comuns, Max carregava a bolsa da irmão que continha uma pequena maleta que carregava as duas esferas que seriam utilizadas para a missão. Eles não sabiam quem eram as pessoas e muito menos se importavam com esse dado.
A cidade era pequena e deserta, ao passo que parecia tranquila. Não havia muita gente na rua e as que ali estavam eram bastante simpáticas, diga-se de passagem. As casas seguiam um padrão, em termos de estrutura e cor. Mas, tornando, os irmãos não demoraram muito até encontrarem a casa número 5361.
Quando a campainha foi tocada e os passos ouvidos, o vento sobrava lentamente levando os cabelos de Phoebe. Naquela manhã fria, ela estava linda, com as bochechas um pouco rosadas pelo blush que marcou um pouquinho além da conta.
Como fazia frio, ambos estavam agasalhados com alguns casacos e um cachecol cada. Todos, no entanto, num tom cinza discreto. Eles haviam voado naquela madrugada apenas para realizar aquela missão. Estavam no Colorado.
Os passos cessaram e a porta se abriu, revelando toda a decoração natalina que a moça que os recebeu havia feito e para surpresa deles era Allyson. Phoebe, de cabeça ainda baixa, começa a falar.
— Com licença, é da... — ao levantar a cabeça ela percebe que era a mulher que não queria mais ver na vida. — Allyson?
— Mandaram vocês? Com tantos lá? — perguntou fria e arrogante.
