Aquilo não podia estar acontecendo!
Como ela iria explicar aos seus pais que engravidou? E para piorar a sua situação como ela explicaria aos pais que o pai de seu filho era ninguém menos ninguém mais que seu irmão gêmeo?
Explicar que não conseguir...
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Barbara descia as escadarias o mais rápido que podia; já que ali não tinham câmeras, ela usava treinamento de combate para ir mais rápido. Ela era rápida, aliás como todos os heróis. Sem fazer o mínimo esforço: saltava por cinco, seis degraus, chegando a saltar, até mesmo, quinze degraus. Sim, ela já tinha seus quarenta e cinco anos, mas os treinamentos não deixavam seu corpo sofrer com os esforços feitos.
Em síntese, cinco minutos após despedir-se de Grace, a morena já estava no estacionamento, cinco andares abaixo do consultório, um pouco ofegante, mas anormal. Sem pausa para recuperar o fôlego, a mulher varre todo o local com o olhar, achando Phoebe na quinta fileira e terceira coluna, mas precisamente na vaga de número 62. O estacionamento estava lotado.
Assim que os olhos de sua mãe pousaram sobre Phoebe, o Thunder-sentido despertou. Ela precisaria correr o mais rápido que podia para sair dali, como o seu pressentir orientava. Entretanto, a morena apenas o ignorou e voltou a organizar as coisas no banco detrás do automóvel.
Dez segundos foi o tempo necessário para Barbara produzir uma descarga elétrica, próximo a uma tomada, e fazer o disjuntor do prédio desarmar, imediatamente, e por consequência cortar o fornecimento de luz elétrica em todo o prédio.
— O que houve? — a filha de Barbara pergunta, assustada ao ver o lugar escuro, iluminado, apenas, pela luz que vinha da saída. Por instinto, a moça vira-se na direção de onde o som da queda de luz vinha, entretanto ele havia dado lugar ao som de saltos, que ficava mais próximos a cada instante. À sua frente uma pessoa se materializa.
— Olá, Phoebe — Barbara diz, aparentemente tranquila. Entretanto a respiração de Phoebe acelera e ela engole seco. Era sua mãe, com uma cara nada simpática. — Quanto tempo — completa, com um certo sarcasmo.
— O que faz... — a morena começa a falar, entretanto não sabia o que. Ela simplesmente não conseguia raciocinar. — Como? Claro, a Chloe... — Max tinha razão, Chloe a havia entregado, ao menos era o que ela pensava que havia acontecido. — Por que desligou as luzes? — questiona, se afastando o máximo que podia da mulher, que estava a menos de um metro dela, e não parava de se aproximar.
— Então você estava aqui — Bárbara olha em volta, confusa pelo fato da sua filha mais nova ser citada, enquanto Phoebe tentava, de alguma maneira, entrar no carro e partir. A voz de sua mãe transmitia tanta decepção e tanto desdém, que chegava a ser assustador. Seu olhar transmitia uma obsessão e uma ira que a morena não reconhecia, mas que fazia o seu coração bater aceleradamente apertado.
— Isso não poderia está aconte... — a mãe de Kyara mal conseguia controlar sua respiração, quem dirá o tremor de suas mãos ou voz. Todas as estratégias de fuga foram esquecidas devido ao nervosismo, que chegava a picos altíssimos. — Por que fez a energia cair? — ela torna a questiona, enquanto tentava abrir a porta do carro. Sua mãe, no entanto, estava atenta a todos os seus movimentos e não a deixaria fugir tão facilmente do "diálogo".
