Aquilo não podia estar acontecendo!
Como ela iria explicar aos seus pais que engravidou? E para piorar a sua situação como ela explicaria aos pais que o pai de seu filho era ninguém menos ninguém mais que seu irmão gêmeo?
Explicar que não conseguir...
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National City - Residência Mcbooger - Esconderijo Secreto - 27/05/2030 - 02:19
O porão nunca foi tão silencioso quanto naquela madrugada. As luzes pareciam não ter força e tudo era, única e exclusivamente, escuridão e solidão. O clima estava frio e tenso, como em uma trégua após uma batalha de uma grande guerra.
Quase quatro horas que a Liga estava na cidade californiana e quase três horas sem uma única palavra ser deferida por um dos dois filhos do Thunderman. Max estava chateado e Phoebe não sabia como agir.
Um abismo entre os dois estavam formado e nenhum dos dois queria dá o primeiro passo para vencê-lo. Ambos estavam feridos; seja pela falta de confiança seja pela falta de compreensão. Ambos, apenas, esperavam as feridas pararem de arder, mas, a cada segundo, parecia, apenas, que ardia.
- Max...- Phoebe chama, tomando coragem depois de quase três horas sem dirigir a palavra ao moreno, que se mantinha concentrado em estar o máximo possível longe dela. O rapaz necessitava, apenas, esfriar a cabeça e pôr os pensamentos em ordem.
- Que foi? - questiona frio, de onde estava. O herói, naquela "noite", não pretendia dormir ao lado de sua mulher, por isso organizava algumas coisas a fim de fazer uma cama improvisada para si. Um colchão e várias almofadas estavam entre os materiais utilizados por ele para tal.
A moça então, cheia de receio da reação dele e com a intenção de pedi-lhe desculpas mais uma vez, tendo em mente que havia vacilado feio, dá os primeiros passos ao encontro de seu irmão gêmeo, que se encontrava do outro lado do cômodo. Max apenas a encarava rígido, como se olhasse para uma das suas filhas que havia aprontando, a repreendendo.
- Eu sei que vacilei - a moça começa, baixando a cabeça e se mostrando arrependida por não ter o contado. A consciência dela já a castigava por seus atos, não era necessário, então, aquele clima pesado entre eles, ademais no estado em que se encontrava.
- Você 'tá agindo como uma criança - a rapaz diz, mantendo sua expressão rígida. Phoebe, então, apenas esfrega a mão direita no braço oposto, se apresentando desconfortável com os comentários. Max, apenas, desvia o olhar dela e torna a continuar o que havia começado.
- Também não precisa falar assim - a moça diz em um tom mais alto que o usado anteriormente, sendo totalmente ignorada pelo seu esposo, que sequer a olhou como resposta. O ar frio estava cada vez maior e a tensão do ambiente crescia conforme ela tentava formular uma frase, ou algo do tipo. - Dá 'pra olhar pra mim?- pergunta, já que o mínimo que se espera em uma tentativa de conversa é o olhar do receptor.
- Dá sim - o jovem diz, ainda de costas. Ele não pretendia que o seu tom de voz mudasse até o fim da conversa. - Quando você entender que está em uma relação a dois - pontua, relembrando o que mais o feriu na omissão: a falta de sinceridade por parte da jovem.
- Eu sei - ela diz, após revirar os olhos. Sua voz estava em um tom baixo, aquele mesmo tom que diz "eu não quero brigar, apenas falar o que me incomoda e pedir perdão". - Só não queria te preocupar - explica, enquanto olhava as mãos, que apertava com tanta força, que as marcas das unhas quedaram-se em suas palmas. - Eu pensei que podia...
