Aquilo não podia estar acontecendo!
Como ela iria explicar aos seus pais que engravidou? E para piorar a sua situação como ela explicaria aos pais que o pai de seu filho era ninguém menos ninguém mais que seu irmão gêmeo?
Explicar que não conseguir...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Consultórios Olsen, 23/05/2030 — 14:02
Já passava das quatorze horas quando Chloe finalmente conseguiu pôr tudo o que lhe perturbava durante aqueles onze anos para fora. Bom, não tudo... Obviamente os poderes e o universo dos supers havia ficado em segredo.
Entretanto, toda a história do suposto abandono de seus irmãos junto aos traumas e consequências do mesmo haviam vindo à tona, e surpreendido a psicóloga com tantos anos de experiência.
Para ajudar a menina, a psicóloga deveria ir um pouco mais adiante naquela história. Buscando, em suas memórias e experiências, algum motivo que levasse dois irmãos a fugirem de uma vida perfeita, conforme o que lhe foi dito a partir da visão de Chloe.
Claro que as metáforas haviam sido interpretadas pela profissional. O vilão e a heroína perfeita, que faziam papel de pilar na família, assim como todos os membros. Mas, o que chamou a atenção da mulher de pele negra foi a tamanha responsabilidade que Chloe atribuiu como pertencente à irmã mais velha; assim como a imagem de problemático do gêmeo, sendo ele, sempre, o causador dos problemas. Depois, sem motivos aparentes, os dois somem no mundo, sem uma explicação clara, e passam a ser, desde então, a decepção da família.
Esse problema, acima citado, foi encontrado de imediato pela psicóloga, que reprovou boa parte dos atos que lhes foram contados, os adjetivando como "abuso". Entretanto, pela idade e visão da menina, em principal na época que os fatos transcorreram, outra visão da história seria necessária, para conhecer o que a jovem desconhecia sobre os seus irmãos e sobre a família como um todo.
— Meu amor — Kelly fala, com o sorriso carinhoso que fez a loura falar de suas dores e medos. — Eu estou aqui 'pra te ajudar e vou fazer tudo o que for possível para isso... Mas preciso que você seja sincera comigo — ela suspira. — Agora, eu preciso falar com sua mãe, em particular, mas fique tranquila, tudo o que conversamos ficará só entre nós duas. — ela tranquiliza a mais nova.
— Obrigada, doutora. — Chloe diz, bem mais leve... Ela já havia pensado no próximo passo que daria. Kelly havia comentado que tentaria buscar explicações para as ações de seus irmãos mais velhos, mas não seria necessário, a própria Chloe iria buscá-las, pessoal e diretamente com um deles.
Uma batida na porta faz as mulheres levarem seu olhar até a mesma.
— Pode entrar — a Olsen diz, gentilmente, enquanto se afastava da loura e retornava ao seu lugar, atrás da mesa; já que havia sentado-se em uma das poltronas, ao lado de Chloe. O caderninho onde anotava algumas coisas foi posto por cima da mesma, enquanto, da porta, elas viam surgir a mãe de Chloe e Phoebe.
— Com licença — Barbara fala. — Mandou me chamar? — questiona, dando graças aos céus por alguém retirá-la daquela atmosfera, onde sentia aquela energia, que lhe era como um fantasma.
— Sim — a psicóloga responde. — Temos algumas coisa para conversar, a sós. — ela completa, olhando para a jovem que se retirava do consultório.
