Between Two Worlds - II

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Residência Mcbooger - 14:32

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Residência Mcbooger - 14:32

A jovem Thunderman tinha razão, o irmão havia se refugiado no porão. Ele estava calado, fazendo com que o ambiente parecesse vazio, todavia a irmã conseguia ouvir o som da respiração preocupada dele. Max estava em conflito interno, assim como ela. Havia uma escolha a se fazer e coisas a perder, dos dois lados.

O fato é que nenhum dos dois sabia qual era o lado certo a se voltar. Em primeiro plano estavam suas filhas, seus bens mais preciosos, a fortuna e vida que construíram, sozinhos, durante dez anos. E, do outro lado, estavam seus pais e irmãos. Barbara, por mais obcecada que estivesse, era sua mãe, a mulher que os deu a vida. Hank, igualmente, era o seu pai. Billy era o irmão que eles tanto amavam e que amavam seu jeitinho. Nora, pode-se dizer que, depois de Phoebe, era a irmã que mais estava ao lado de Max. E Chloe era sua baixinha, embora fosse bastante alta.

Sim, ambos sentiam a necessidade de salvar sua família, mas era um perigo, um preço muito grande a se pagar. E esse preço, nenhum dos dois estava disposto a pagar. Em outras palavras, os irmãos queriam salvar sua família, mas a mesma estava com ordens de prende-los como malfeitores, destruindo parte de tudo o que construíram. Destruindo os pilares da família que construíram juntos, longe dos holofotes.

Todavia, Phoebe resolveu manipular o seu consciente e embebedar-se da ideia de que Max poderia tira-los dali, sem que nada de ruim os acontecesse. Ela havia, simplesmente, criado uma segurança hipotética para ter forças para decidir. Mas, agora, ela precisava convencer seu guardião de que isso era o que viria acontecer, enquanto Chloe terminava de devorar a comida e começava a explorar a cozinha.

- Max... - a irmã chama, descendo as escadas devagar. Ela sabia que naquele momento o irmão estava em meio a uma tempestade, com um furacão de emoções revirando o seu interior. Ele só queria saber como agir, mas era difícil achar a resposta.

- Eu... - ele responde num sussurro, ao vê-la terminar de descer as escadas do porão, com uma expressão preocupada.

- Olha, eu sei que é perigoso - a jovem é direta. Os seus olhos estavam presos aos do irmão, que mantinham a expressão fechada. - Mas são nossa família - comenta preocupada.

Obviamente havia muitas mágoas, principalmente entre filhos e pais, mas eles eram sangue do mesmo sangue. Não, não era só o sangue que contava... Havia, sim, um resquício de amor filial da parte dos gêmeos, e fraternal também, e isso seria um dos principais argumentos de Phoebe.

- E quanto à Kyra? Kyara? E o bebê? - a gêmeo questiona, sem muita expressão. O fato é que os seus filhos estavam muito acima, na concepção de Max, do que sua família anterior. - E tudo o que construímos? - continua, com a voz abafada. Nesse momento era difícil para ele respirar.

- Max, eu sei o que você 'tá sentindo - a irmã diz. Afinal, mesmo que não soubesse bem como se expressar, ela via que os dois lados eram corretos e errados ao mesmo tempo, e não sabia qual deles escolher... No fim, de ambos lados haviam coisas preciosíssimas em jogo. - Mas somos heróis, devemos correr riscos - o heroísmo, ato de salvar sem olhar a quem e sem reservas; o ato de se dá, de não temer em fazer o correto, mesmo que os riscos sejam altos e certos. - Não foi isso que você disse anos atrás na loja de decorações: sabemos que é o certo - salvar, esse era o certo. - Não adianta ficar aqui e não dar orgulho às nossas meninas... - Max faria de tudo pelas filhas, inclusive trocaria tudo para que elas jamais se decepcionassem com as atitudes dele, e Phoebe sabia bem disso, e também sabia que elas se decepcionaram se soubessem que a vida de seus avós foi ceifada, sem que os pais intervissem, tendo tudo o que era necessário para isso.

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