CAPÍTULO 1 - (PARTE 1)

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A música parou mais o ritmo continuou

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A música parou mais o ritmo continuou.

Por que todos estão me encarando? Estes olhares tristes que fingem saber como estou me sentindo, mas não sabem, não podem imaginar! Ninguém conseguiria...

Meus passos lentos seguem pelo longo corredor do colégio, era como se meu corpo pesasse uma tonelada, aqueles olhares de pena me cercavam com perguntas silenciosas que conseguia decifrar com facilidade:

— Está bem? Todo mundo passa por isso algum dia... Você não é a primeira e nem será a última... Precisa ser forte...

Apesar de nenhuma destas palavras de fato confortarem, havia algumas que me fazia sentir ainda pior.

— Tudo vai ficar bem... Ele está em um lugar melhor...

Como poderiam saber disso! Não tinha como, não era a hora dele, meu irmão ainda tinha muito o que viver. Estava cansada de tudo aquilo, queria apenas terminar aquele dia é ir para casa, meu maior erro, foi levantar da cama, seria bem mais fácil se pudesse permanecer no luto, pois assim não seria obrigada a encarar a realidade cruel onde meu irmão não estava nela.

Havia se passado alguns meses, para muitos a vida seguiu seu curso natural, o mundo não iria parar, aquelas pessoas que choraram e lamentaram, estavam de volta a sua rotina diária, mas para mim ainda não tinha recomeçado, era difícil... Cada dia que colocava os pés fora da cama, tinha que me esforçar absurdamente para não mostrar minha dor, escondia as lágrimas sobre um sorriso.

Tudo isso enquanto tentava fingir que estava tudo bem, cada bom dia que oferecia aos meus pais era falso, pois para mim não tinha nada de bom, mas havia me tornado especialista em fingir que estava "superando", minhas lágrimas não se manifestavam mais em meu rosto. Minha antiga vida, aquela que tinha quando meu irmão estava aqui, era apenas uma lembrança distante e esquecida no fundo da minha memória, talvez escondida por mim mesma, na vã tentativa de tornar as coisas mais simples.

Porém, a realidade era que minha vida junto ao meu irmão, foi arrancada precocemente, mesmo que possa parecer infantil da minha parte, que estava me afogando em meu sofrimento, mas era como estava me sentindo, tínhamos uma ligação que foi quebrada, quase como perder uma parte de mim, algo que nunca mais vai ser consertado, ou remendado, terei sempre este vazio, esta falta incompreensível, até o dia de minha morte.

Nada mais me chamava atenção, ou me motivava, aquela garota alegre e divertida com vários "amigos" que a seguiam, talvez por ela, ou apenas pelo que representava com sua popularidade, não mais existia. Porém, ainda conseguia se lembrar desta minha versão, que morreu com meu irmão a mais de três meses atrás.

Lembrar dele me apertava o coração, Samuel estava se preparando para entrar na faculdade, nossos pais sempre foram bem de situação, então nunca soube de verdade o que era perder alguma coisa. Todo final de semana era uma diversão diferente, fosse acompanhando meu irmão nas festas, ou quando fazia suas próprias.

Por muitos era conhecido apenas por Sam, gostava de se apresentar como DJ, as músicas que tocava eram incríveis, ele possuía o dom de agitar a todos, era como se soubesse exatamente o que precisava fazer para ver as pessoas se moverem.

Por muitos era conhecido apenas por Sam, gostava de se apresentar como DJ, as músicas que tocava eram incríveis, ele possuía o dom de agitar a todos, era como se soubesse exatamente o que precisava fazer para ver as pessoas se moverem

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Este capitulo tem: 539 palavras

Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

O DESTINO DE KHONSUWhere stories live. Discover now