CAPÍTULO 9

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Enquanto deixava o felino tranquilamente sobre meus lenções, sai do meu quarto, antes mesmo de chegar à cozinha já conseguia ouvir meus pais conversando, os dois já estavam de pé, sempre acordavam muito cedo, com a alça da mochila pendurada no omb...

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Enquanto deixava o felino tranquilamente sobre meus lenções, sai do meu quarto, antes mesmo de chegar à cozinha já conseguia ouvir meus pais conversando, os dois já estavam de pé, sempre acordavam muito cedo, com a alça da mochila pendurada no ombro de apenas um lado, coloquei a mesma sobre a encosto da cadeira me sentando a mesa. Meu pai estava tomando seu café puro e sem açúcar, enquanto lia o jornal, minha mãe preparava ovos mexidos para acompanhar com o suco de laranja.

— Bom dia, querida. — Disse mexendo os ovos. — Ainda não vi o gatinho que trouxe, já escolheu um nome para ele? — Perguntou de olho para não queimar os ovos.

— Ainda não... Estou trabalhando nisso.

— Quer um pouco de ovos mexidos? — Ofereceu se virando para mim, segurando a frigideira na mão. Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo, os fios eram bem-parecidos com o da minha avó, exceto pelo tom mais acobreado que os diferenciava, seus olhos castanhos eram atentos e intensos.

— Quero um pouco. — Não queria fazer desfeita, meu pai ergueu os olhos sobre o jornal, como se notasse alguma coisa diferente.

Mesmo sem palavras, sua expressão parecia dizer: tem certeza? Os olhos verdes eram penetrantes, seu cabelo claro era repartido, com uma ondulação que lhe conferia um ar de surfista, mesmo com aquela barba bem aparada e cheia que cobria todo seu rosto, era um homem bonito, nem parecia ter a idade que tinha, sempre imaginei que deveria fazer muito sucesso quando mais novo... Sempre achei Sam parecido, tendo muitas características de nosso pai.

Minha mãe colocou um prato a minha frente me servindo, com um copo de suco.

— Obrigada. Não vai oferecer para o pai também? — Perguntei sorrindo para ele.

— Já tomei o meu café, querida. — Tratou de responder rapidamente, enquanto virava a página do jornal.

— Vamos sair daqui a uns vinte minutos, se quiser podemos deixar você no colégio. — Ofereceu minha mãe se sentando a minha frente comendo com certa velocidade.

Provei os ovos, o mesmo não estava ruim, entretanto não estava bom também, somente então entendi o olhar do meu pai, porém achei melhor guardar isso apenas para mim mesmo. Afinal cozinhar não era uma das habilidades dela, por esta razão tínhamos uma cozinheira que ajudava neste quesito, porém chegava apenas após as nove.

— Hoje não... Acho que vou de ônibus. — Levei outra colherada a boca, usando o suco para ajudar a descer.

— Por que quer ir de ônibus? Sempre odiou aglomeração, barulho, ou ficar sendo tocada. — Relatou minha mãe intricada com minha escolha.

— Isso é verdade, e não mudou, porém, é por essa mesma razão que quero fazer isso, preciso tentar mudanças, para isso preciso começar por coisas pequenas como estas, um passo de cada vez... Acho que este é um bom começo. Estou terminando o ensino médio, não posso me dar o luxo de escolher o meu meio de transporte sempre.

Senti um sorriso brotar discretamente no rosto do meu pai, minha mãe ficou em silêncio por um instante quando disse:

— Entendi. Faz sentindo, então não vou insistir em seu desafio. — Senti que queria dizer alguma coisa, mas se calou.

Tinha certeza que queria retrucar minhas palavras dizendo que se quisesse poderia comprar um carro para mim, se precisasse, mas me conhecia o bastante para saber que não gostaria daquilo, então apenas aceitou, afinal havíamos perdido Sam devido a um carro, mesmo que fossem coisas diferentes não deixavam de fazer parte de um todo.

Ainda não estava pronta par aceitar e superar isso, mas estava no processo, e isso por sí só já era uma grande vitória, assim que terminei peguei minhas coisas e sai.

O colégio que estava era particular, o uso do uniforme era obrigatório, a vestimenta trazia as cores do brasão, um cinza-médio com preto, cores que não favorecia ninguém, usava uma saia preta na altura dos joelhos. Uma camiseta cinza e uma gravata bege, além do brasão bordado do lado direito com o nome da instituição de ensino, tudo que estava fora do vestuário era o colar que havia ganhado da minha avó, não era proibido usar itens assim, por isso o mantive mesmo que estivesse por debaixo da camiseta.

Fora de casa segui para o ponto de ônibus, o céu estava claro, os primeiros raios de sol começavam a surgir no horizonte, trazendo mais calor ao tempo que ainda estava um pouco frio e úmido, devido à chuva do dia anterior. Os gramados ainda molhados exalavam o cheiro de orvalho, o trajeto até meu destino era curto cerca de dez minutos de caminhada, ali aguardei o ônibus que passava religiosamente na hora certa, exceto com algumas poucas exceções, virando a esquina vi o veículo amarelo dar as caras, não era a única no ponto.

 Os gramados ainda molhados exalavam o cheiro de orvalho, o trajeto até meu destino era curto cerca de dez minutos de caminhada, ali aguardei o ônibus que passava religiosamente na hora certa, exceto com algumas poucas exceções, virando a esquina ...

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Este capitulo tem: 789 palavras

Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

O DESTINO DE KHONSUOnde histórias criam vida. Descubra agora