CAPÍTULO 15

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 Surpresa

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Surpresa


Havia acabado pegando no sono, não vi se Kimberly tinha me mandado alguma mensagem, nem a hora que minha mãe chegou, por alguma estranha razão estava me sentindo mais cansada estes dias. Percebi que havia chovido em algum momento durante a noite, ao olhar para fora pela janela notei o tempo parcialmente nublado, o chão ainda estava molhado, o quarto ainda escuro, foi quando escutei aquela voz.

― Sobre sua pergunta feita, a mesma e bem peculiar, mas irei responder de forma mais simples que conseguir. Acredito que exista, sim, energias diferentes. Assim como vibrações, sei que pediu para não responder, mas tenho certeza que não era realmente isso que queria. ― Pensei está sonhando, pois ainda estava sonolenta, mas saltei da cama assustada, procurando de onde vinha aquela voz.

A mesma era grave e profunda, com um estranho sotaque que não sabia dizer de onde vinha, me encostei na parede assustada, puxando o lençol para me cobrir, queria gritar, mas não conseguia fazê-lo. Estava sentindo meu coração bater acelerado, esperei a qualquer momento um homem surgir por entre as sombras da escuridão, mas não veio... Tudo que consegui ver era o gato sentado nas patas traseiras, enquanto sua calda balançava lentamente, seus olhos me encaravam.

O felino não parecia assustado, saltou da cama com suavidade e agilidade, a luz da lua que estava sendo encoberta pelas grossas nuvens, começaram a se mover lentamente, a neblina do lado de fora trazia uma sensação sufocante e aterrorizante, como aqueles produzidos pelos filmes de terror. Onde a qualquer momento alguém quebraria a janela e faria o desespero crescer no interior da vítima...

Da cama ainda conseguia ver a silhueta do gatuno, mesmo com a fraca luz da lua que invadia a janela do quarto, mas o que vi a seguir somente poderia ser descrito como um sonho, ou uma alucinação, caso não fosse... A única explicação era que estava ficando louca! A forma do gato começou a mudar crescendo e assumindo a estrutura humana, que crescia na sombra da parede, assim que terminou ficou em pé, não conseguia vê-lo com clareza, senti minha voz voltar em minha garganta, mas não gritei, tudo que fiz foi perguntar:

― Quem... Quem é você! Ou melhor, o que você é? Como conseguiu fazer isso? ― Minha voz estava falhando, apesar das perguntas atropeladas, era visível que estava me referindo ao fato do gato se transformar em uma pessoa diante meus olhos.

Era possível ouvir as batidas pesadas e aceleradas do meu coração, chegava a doer no peito, assim como minhas mãos suando, e as pontas dos dedos frias como um picolé, minha garganta parecia querer se fechar novamente, e tentei me acalmar respirando fundo, algumas vezes.

― Porque deseja saber isso... Assim não é melhor? Ouvi em algum lugar que a ignorância é uma benção. ― O tom de sua voz estava mais nítido, à medida que saía da sombra, trazendo cores e formas claras sobre a luz da lua.

― O que isso significa? Está me assustando... Não sei como entrou aqui, mas vou gritar! ― Ameacei enquanto buscava alguma coisa para usar como uma arma.

― Não precisa se assustar, não vou te fazer mal... Apenas pensei que assim seria mais divertido não sabermos quem somos, nem eu a você, nem você a mim. ― Caminhou em direção à janela enquanto a luz da lua banhava seu corpo, dando um brilho místico ao tom de sua pele, seus braços eram magros e definidos, usava uma espécie de camiseta branca sem mangas

O que chamava atenção era os braceletes dourados que adornavam seus pulsos, além de um saiote do mesmo tecido da camiseta, usava sandálias, e em seu pescoço havia um colar preço por um cordão de couro. Para muitos, aquelas vestes poderiam deixá-lo estranho, mas para mim parecia se encaixar perfeitamente, trazendo uma beleza exótica.

"― Mais que merda estou pensando!" ― Me repreendi por aquele pensamento.

Por um momento tive uma espécie de déjà vu, pois aquele diante meus olhos era o mesmo cara que tinha visto em meu sonho, o que não parava de me encarar dentro daquele ônibus, tudo era confuso demais, seus olhos mais uma vez pareciam me prender aos dele, aquele tom amendoado quase ouro líquido. Senti o ar me faltar por alguns instantes, ele sorriu parecendo gostar daquilo, sua cabeça era raspada, como se tivesse passado a máquina, não estava careca, porém não grande o suficiente para ter uma forma de penteado.

Pisquei esfregando meus olhos, para tentar escapar daquela estranha atração, quase como uma hipnose, não conseguia acreditar que aquilo era verdade! Com certeza estava sonhando, logo despertaria em minha cama, pois não tinha como ser real, e apenas para ter certeza, perguntei novamente.

Pisquei esfregando meus olhos, para tentar escapar daquela estranha atração, quase como uma hipnose, não conseguia acreditar que aquilo era verdade! Com certeza estava sonhando, logo despertaria em minha cama, pois não tinha como ser real, e apena...

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Este capitulo tem: 789 palavras

Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

O DESTINO DE KHONSUWhere stories live. Discover now