CAPÍTULO 10

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Me sentia diferente, uma sensação leve que a muito tempo não sentia, até mesmo meu humor parecia um pouco melhor, aquele peso que parecia me acompanhar e sussurrar em meu ouvido, parecia distante, pensar nisso me vez distrair nas lembranças que vi...

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Me sentia diferente, uma sensação leve que a muito tempo não sentia, até mesmo meu humor parecia um pouco melhor, aquele peso que parecia me acompanhar e sussurrar em meu ouvido, parecia distante, pensar nisso me vez distrair nas lembranças que vieram sem aviso sobre o estranho sonho que tive na noite passada. Apesar de saber que era um sonho, mesmo enquanto estava acontecendo, algo me incomodava em tudo aquilo, somente não conseguia identificar ao certo o que era.

Quando o ônibus parou e abriu as portas, tive receio de encontrar o dono daqueles olhos castanhos-claro que quase lembravam os dourados do gato que havia acolhido, sacudi a cabeça, não podia acreditar que estava fascinada por um garoto que vim em meu sonho. Já tinha problemas demais para ter mais um, caminhei pelo corredor do veículo, meus olhos verificavam qual o melhor lugar para me acomodar, pelo menos era isso que dizia a mim mesma, quando, na verdade, no fundo, havia uma esperança irracional de encontrar com aquele fruto da minha imaginação.

Acabei me direcionando para o final do ônibus, o mesmo começou a seguir viagem, não gostava de ficar na parte da frente a vista de todos. Muitos ali já tinha visto uma vez, ou outra, nem que fosse apenas de relance, mas entre eles havia uma desconhecida... Uma garota que chamou minha atenção.

Seu estilo era único e peculiar, seus cabelos eram escuros com as pontas tingidas de azul, sua pele era clara, para não dizer pálida, seus olhos verdes cinzentos, fazia seu rosto quase parecer uma pintura, se não fosse a maquiagem pesada que usava. Seus lábios estavam preenchidos por um batom escuro, sobre seus ouvidos um fone de ouvido enorme cobri completamente seus ouvidos.

Estava completamente sem entender o que estava acontecendo comigo, me sentia estranha, com sensações e sentimentos estranhos, e o mesmo acontecia com aquela garota, pois ela me intrigava, apesar do estilo dela que poderia ser facilmente classificada em algum rótulo ridículo e sem sentido. Em seu colo havia um livro com uma capa que parecia ser uma silhueta, obre um pôr do sol, consegui ler do título: A história de Emi, sem que percebesse acabei me sentando ao lado dela, pois o lugar estava vago.

Tentei parecer discreta, enquanto direcionava meu campo de visão apenas para frente, senti os olhos dela presos em mim, como se estivesse me avaliando, tentando decidir se era muito idiota ou muito corajosa. Qualquer que fosse a resposta não me importava, ver o livro dela me fez me recordar das palavras da minha avó, sobre como era bom e divertido se perder em um bom livro, como não falei nada a garota facilmente tomou a iniciativa de falar.

— Perdeu alguma coisa aqui? — Seu tom de voz não era nada amigável, como se já tivesse passado pela aquela situação mais de uma vez. Me vendo ao lado dela, deve ter se perguntado o que diabos eu estava fazendo ali.

— Me desculpe...—Falei rapidamente. — Não perdi nada, o lugar estava vago e fiquei curiosa sobre o seu livro. — Apontei para o mesmo que estava em seu colo.

Os olhos dela se desviaram dos meus para ver que estava apontando para o livro, pegando o exemplar, avaliou minha resposta, sua expressão anuviou, como se estivesse ponderando minhas palavras é ação.

— Não terminei o livro ainda... Mas pelo que li é uma boa leitura, desculpe se fui mal-educada, tive experiências não muito boas. — Concluiu ela.

— Posso imaginar. — Disse com sinceridade.

— Nem me apresentei, me chamo Kimberly, mas pode me chamar de Kim, até prefiro, não sou muito fã do meu nome, odeio quando o dizem, acho que minha mãe tirou de algum programa antigo da televisão. — Voltou o livro para o lugar que estava, Kim usava uma saia preta com uma meia calça de tela, e um allstar, suas unhas estavam pintadas de azul cintilante e uma jaqueta cinza quase preta.

— Pode me chamar de Sabina, muito prazer. — Tentei sorrir para ela, era possível ver o contraste entre nós, eram o completo oposto uma da outra, mas com tudo isso sentia que era, uma pessoa legal, coloquei a mochila na frente das pernas, a segurando em uma chave de membros inferiores.

— Sou nova na cidade, e ainda não me enturmei, isso é bastante comum para mim, às vezes existem lugares que precisamos ser mais duros e atentos para não sermos pegas de surpresa. Sempre tem um engraçadinho e filhinho de papai que gosta de provocar, pelo seu uniforme acredito que sejamos do mesmo colégio.

 Sempre tem um engraçadinho e filhinho de papai que gosta de provocar, pelo seu uniforme acredito que sejamos do mesmo colégio

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Este capitulo tem: 753 palavras

Pessoal aqui termina este capítulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.


O DESTINO DE KHONSUWhere stories live. Discover now