CAPÍTULO 64

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Questionava-me se era coisa da minha cabeça, mas Jahí logo soltou a mão de Khonsu

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Questionava-me se era coisa da minha cabeça, mas Jahí logo soltou a mão de Khonsu. O homem tinha um sorriso contido que contrastava com sua postura. Talvez, por ser um curador, ter aquele ar sério e controlado fosse necessário para lidar com os encargos que a profissão exigia. Ele olhou o relógio e depois se virou para nós.

— Vendo como estão acomodados, acredito que chegaram já tem um tempo. Assim como eu, vocês gostam de pontualidade. Ainda faltam cinco minutos para o meio-dia. — Desabotoou o paletó e se acomodou em uma das cadeiras almofadadas.

— Ficamos com medo de ter trânsito, então preferimos chegar mais cedo, não é mesmo, Khonsu? — O inseri na conversa. Seus olhos estavam atentos ao homem que acabara de chegar em nossa mesa.

Pensei que Jahí estaria mais interessado em Khonsu, mas não demonstrava tanto interesse. Questionava-me se ainda não acreditava em toda aquela história e se este encontro era apenas uma forma de confirmar. Meus olhos capturaram ao longe dois homens de terno preto com fones de ouvido, discretamente olhando em nossa direção. Jahí percebeu isso e sorriu.

— Não se preocupe, aqueles são meus seguranças. Preciso sempre sair com eles, pois muitas vezes estou transportando uma peça de valor. Por essa razão, manter um pouco de segurança é importante. Nunca se sabe o que podemos enfrentar. — Ao dizer isso, se virou para Khonsu.

Cruzou as mãos sobre a mesa, revelando seu relógio. Pude ver por dentro do visor que era um Rolex.

— Khonsu, ainda estou intrigado com sua história. Peço que me perdoe se ainda pareço um pouco cético, mas preciso que entenda que ninguém em sã consciência aceitaria tal revelação sem questionar. — Afirmou, observando Khonsu.

— De fato, por telefone, pensei que você tivesse aceitado melhor do que o esperado. Porém, acho que me enganei... — As palavras saíram mais duras do que acho que pretendia.

— Eu acredito que coisas assim possam acontecer. Venho de uma linhagem de seguidores de Bastet, com sangue antigo. No entanto, me torno receoso quando as coisas parecem convenientes demais. — Alisou o bigode. — Como posso confirmar se o que dizem é verdade?

Khonsu o encarou, fechando os punhos com força. — Se está querendo que eu me transforme, isso não vai acontecer...

— Talvez esta conversa esteja indo rápido demais. — Tentei amenizar toda aquela situação.

— Você tem razão... Peço desculpas por meu comportamento. Essa parte da história da família é sensível. Muitos esqueceram as tradições, os costumes, tornando-se bem pessimistas.

— Tudo bem, mas acho que deveria dar um voto de confiança e nos escutar. Depois pode tirar suas próprias conclusões. — Finalizei, sentindo-me um pouco frustrada, pois, por mais que entendesse o lado dele, a forma como estava falando nos fazia parecer dois golpistas querendo aplicar um golpe.

O DESTINO DE KHONSUKde žijí příběhy. Začni objevovat