CAPÍTULO 43

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Apenas naquele momento a ficha estava começando a cair, minha mente começou a juntar algumas peças que estavam confusas, e que não entendia, mas como uma concha de retalhos, as partes se uniram

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Apenas naquele momento a ficha estava começando a cair, minha mente começou a juntar algumas peças que estavam confusas, e que não entendia, mas como uma concha de retalhos, as partes se uniram. Todo aquele tempo acreditando que eram os devotos de Anúbis que estavam criando atrito, e buscando colocar as famílias fundamentais contra as demais, era apenas um artifício cruel para distrair a atenção dos verdadeiros culpados.

Que eram os devotos de Toht, estavam articulando e manipulando tudo, quanto tempo este plano estava sendo executado? Queriam ter um álibi e um bode expiatório que assumisse toda a culpa... E quem melhor do que aqueles que servem o deus da morte? Não percebi quando lágrimas desceram por meu rosto, se misturando não apenas ao sangue da minha testa, como aqueles sentimentos de tristeza, raiva e traição!

Toda a família dele deveria estar envolvida, e outros mais, deveriam ter concordado em fazer aquilo.

― Tudo que queríamos era o poder de Anúbis! Afinal ele possui o que todo mortal almeja...Vida eterna! Como servos de Toht o que buscamos é conhecimento e sabedoria, como podemos adquirir isso se temos uma vida tão transitória e pequena como um grão do deserto?

― Vocês estão loucos! ― Gritei com ele, antes de ser acertado por um soco na cara que me fez cair no chão.

― Não seja ingênuo Khonsu, você pode não acreditar nos deuses, mas não muda o fato que existem e que possuem poderes que jamais sonhamos. Graças a Toht conseguimos entender uma escritura perdida, que falava de um ritual proibido, que concedia a vida eterna, mesmo que Anúbis não concordasse, precisávamos apenas de certas condições para forçá-lo a fazer isso. Apesar de todo o poder, os deuses precisam seguir certas regras, isso é o que chamam de equilíbrio.

― Pare Edjo! Não precisa se explicar... ― Quem falou foi a irmã do meu melhor amigo, a quem queria cortejar desde que era mais novo.

― Está certa... Estamos muito perto do nosso objetivo, quando alcançarmos esta meta, quem sabe não poderemos até nos tornarmos divindades! ― Gargalhou de forma cruel, jamais imaginaria que seriam capazes de fazer algo tão terrível como aquilo.

― Não consigo acreditar que me envolvi com vocês... Um bando de lunáticos! Acha que fazendo isso vai conseguir com que Anúbis faça o que querem? Isso é apenas história antiga, quando perceberem que o que fizeram está fadado ao fracasso, não terão como retroceder!

Edjo se abaixou, ficando na altura dos meus olhos.

― Você não entende, Khonsu... ― Suspirou diante de mim, aquele que um dia chamei de "irmão".

— Na verdade, entendo muito bem! Fui traído por aquele que um dia considerei meu melhor amigo... Nos conhecemos desde sempre, lhe contei coisas que não revelei a mais ninguém! Como pôde nos trair desta forma. Você estava disposto a sacrificar minha irmã! Jamais o perdoarei, não importa seus motivos.

— Não estou pedindo seu perdão. Apenas quis deixar claro que não era nada pessoal, mas ações inevitáveis que precisavam ocorrer. — Se ergueu me olhando de cima.

O DESTINO DE KHONSUМесто, где живут истории. Откройте их для себя