Hey, Thief

Capítulo 35

AVISO: Terão várias narrações durante o capítulo e isso inclui mudança de tempo e espaço.
Fiquem atentos ;)

Jackson já estava cansado. Aquela era a quarta ligação do dia e não descobrira nada sobre Lee Jaehwan. Somente conseguira alguns pedaços de informações, como endereço, local de trabalho e profissão, mas nada disso provava se ele era uma boa ou má pessoa. O loiro começou a desconfiar que ou o cara não tinha nada a esconder ou sabia acobertar as coisas muito bem, o que não seria surpresa, pois segundo suas fontes, ele era o melhor e mais inteligente advogado da empresa onde trabalhava.

Suspirou exasperado. Já eram quase dezoito horas da noite e ele se sentia um inútil. Há tempos sua loja não recebia um grande movimento e talvez fosse hora de mudar de profissão. Quase riu do pensamento. O que ele faria se não fosse um trambiqueiro? Não estudou além do Ensino Médio e acumulava uma cota de crimes maior que a maioria das pessoas. Sua vida era uma merda.

O chinês resolvera que era hora de agir. Namjoon ficaria desapontado se ele não conseguisse nada de útil. O expediente do seu alvo acabaria em poucos minutos e ele iria segui-lo para ver se conseguia descobrir algo de valioso.

Fechou a loja e caminhou até o seu velho carro. "Sherlock Holmes que se cuide, pois Jackson Wang está pronto para a ação. "

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O loiro estava dentro do carro à espera do advogado, quando o viu saindo e entrando em seu próprio automóvel, mas não sem antes beijar uma mulher alta e morena, que provavelmente trabalhava com ele. Jackson xingou baixinho.

"Que cara ridículo!" Resolveu tirar algumas fotos do momento, pois mesmo que não houvesse provas de algum crime, talvez aquelas evidências convencessem o cozinheiro que o namorado era um mau caráter.

Disfarçadamente conseguiu seguir o veículo sem levantar suspeitas. Reconheceu o endereço assim que estacionou; estavam no apartamento do chef de cozinha. Talvez Jackson tenha pesquisado um pouco mais a fundo a vida de Kim Seokjin assim que descobriu o interesse do policial naquele homem, mas nada muito doentio, ele afirmaria em testemunho.

Alguns minutos se passaram e o tédio começou a tomar conta do chinês. E se ele ficasse ali a noite toda? Seria um fracasso na sua vida de detetive, mas fazer o que, não é? Impaciente e com fome, resolveu que esperaria mais meia hora e se o moreno não aparecesse, ele iria embora.

Vinte e cinco minutos depois, decidiu que não aguentava mais. Como que policiais ficavam tanto tempo dentro de uma viatura quando queriam descobrir as coisas? Era desumano. Alguém deveria protestar contra esse tipo de coisa. Com a barriga roncando, saiu do carro e seguiu em direção a uma pequena loja de conveniência que ficava perto do local. Precisava comer ou então Namjoon teria o primeiro informante morto.

O estabelecimento era bem mais ou menos e provavelmente foi a motivação do cozinheiro abrir um restaurante na região. Seus vizinhos não podiam depender somente daquele mercadinho vagabundo. Andando pelas prateleiras pegou alguns biscoitos salgados e uma lata de refrigerante. Logo após, seguiu para pagar suas compras.

Sorriu para o homem que o atendia e este retribuiu o gesto. Ele era um pouco mais alto que ele e tinha um rosto anguloso. Sua expressão era de tédio, mas seu cabelo escuro chamava atenção para o seu olhar expressivo. O cara era bonito e sabia disso.

— Você acabou de se mudar? — O jovem lhe perguntou curioso.

— Oh, não. Estou... visitando um amigo.

— Ah, que pena... — O loiro abriu um sorriso para o atendente, que lhe respondeu com um sorriso afetado enquanto lhe entregava uma pequena sacola com os produtos que havia comprado. — Volte sempre.