Capítulo 63

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(Extra - Comemoração dos 300 favoritos)


Assim que Jimin acordou, percebeu que Taehyung estava animado para o encontro que eles teriam. Seria o primeiro de muitos, afirmou o moreno.

O romance deles havia começado de maneira um tanto errada, eles sabiam disso e até se envergonhavam de lembrar como tudo aconteceu, porém se sentiam tão bem perto um do outro e o coração de ambos batiam tão fortemente quando se beijavam, que o casal, no final das contas, não se arrependia de terem dado o próximo passo e saído da amizade.

O museu ficava há meia hora de carro e eles foram para lá no início da tarde.

Taehyung queria mostrar o mundo para Jimin. Mas não só o mundo físico, que se ver e apalpa a todo momento, ele queria mostrar o mundo imaginário, que salta pela visão dos artistas e é impresso em tela. Aquelas pinceladas faziam o moreno se sentir em uma outra esfera, às vezes no cosmo do pintor, às vezes em algum ponto específico que ele mesmo recortara do seu tempo-espaço e mergulhara ao observar as obras primas a sua frente.

Jimin, embasbacado, observava como o namorado parecia dominar o local. Ele sabia cada canto e tela que existiam naquele museu e o jovem de cabelo cinza se viu admirando como o rosto do moreno se transformava em uma alegria genuína sempre que ele lhe mostrava algo novo ou lhe contava algum fato ou curiosidade. O mais baixo amava museus, na verdade gostava de toda e qualquer manifestação artística, mas notar como o outro se perdia de encantos naquele ambiente o fez perceber que a sua vida também estava inundada de cores pois, Kim Taehyung, aos seus olhos, era uma obra de arte.

— Quantas vezes você já veio nesse lugar?

— Perdi as contas. — O mais alto respondeu com uma risada baixa. Ele queria entrelaçar seus dedos ao de Jimin, mas compreendia que no momento em que os dois estavam, aquilo seria um tanto perigoso. — Às vezes eu vinha só para passar o tempo ou pensar, mas é engraçado que toda vez que eu olho para esses quadros e esculturas algo novo sempre aparece.

Os dois passaram horas dentro daquele espaço cheio de memórias vivas. Não precisaram conversar muito, já que preferiam admirar as obras de artes e contemplá-las individualmente, absorvendo cada qual de uma maneira distinta como se deve ser ao se colocar diante de qualquer manifestação artística.

— Ah, Tampinha. Sinto-me renovado. — comentou Taehyung quando já estavam fora do museu. — Você gostou?

— Claro, TaeTae. — afirmou o outro com um sorriso. — Foi um ótimo encontro.

— Fico feliz que tenha gostado, mas nosso encontro está apenas começando, Tampinha.

O moreno sorriu para o outro e olhando rapidamente em volta para averiguar que não tinha ninguém olhando, puxou o menor pelo punho. Provavelmente, para um espectador de fora, não significava nada.

— O que você está tramando, TaeTae?

— Oras... é uma surpresa.

Taehyung esperou o menor se acomodar no banco do passageiro e puxar o cinto de segurança para ligar os motores e dar partida no carro. Jimin não sabia para onde estava sendo levado, mas não se importava, pois estava com o namorado e isso era tudo o que ele precisava saber.

O rádio tocava alguma música pop que os dois reconheceram e de imediato começaram a cantar juntos em plena harmonia, mesmo que nem se esforçassem tanto para isso. Não se preocupavam com afinação ou coisas técnicas; estavam apenas se divertindo e curtindo a companhia um do outro e, no momento, era tudo o que importava.

Alguns minutos de estrada e Jimin começou a sentir a diferença na paisagem. A cidade estava dando lugar ao campo. As árvores e a vegetação iam mudando gradativamente e o mais baixo não pode evitar de abaixar o vidro da janela, para respirar o ar puro. Seu cabelo tornou-se esvoaçante enquanto o trainee fechava os olhos.

Hey, ThiefWhere stories live. Discover now