Capítulo 66

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— Namjoon, quero fazer sexo! — Jin havia acabado de desligar a televisão depois de um péssimo filme que o casal havia visto. — Cadê suas algemas?

O policial engasgou com a pipoca. De tudo o que ele poderia esperar do namorado, aquela era de longe a última das coisas. O acesso de tosse durou por longos dois minutos com o moreno se esforçando para expulsar o milho da entrada de ar e o cozinheiro dando batidinhas nas costas dele, tentando ajudar.

— O que deu em você, Jin?

— Nada... Eu que pretendo dar.

— Tudo bem... — Foi óbvio que o calor chegaria as bochechas do policial e mais óbvio ainda que elas ficaram vermelhas. Será que algum dia ele se acostumaria com o jeito do namorado? — Mas não vou usar algemas em você.

— E por que não, mocinho? — O loiro cruzou os braços em frente o corpo e fez um biquinho infantil. — Anda... quero ser algemado na cama!

— Negativo!

O cozinheiro estreitou os olhos para o moreno. Então seria assim? Retirou a vasilha de pipoca da mão do outro e a colocou em algum lugar — provavelmente teriam que limpar aquilo pela manhã — e subiu no colo do namorado.

— Joonie... Por que não? Vai ser divertido.

O loiro começou a deslizar um dos dedos indicadores pelo peitoral do policial que ainda estava protegido pela fina camada da blusa de algodão branca. Seus olhos continham uma mescla de doçura e malícia, diferente se seu sorriso que era por inteiro malicioso. Namjoon não pode conter um suspiro frustrado diante da cena; como resistir àquilo? Que a divindade lhe desse forças!

— Eu não quero algemar você... Pode ser perigoso.

— Você é um detetive! Não será nada perigoso.

— Jin... Você realmente confia em mim desse jeito? — Namjoon se remexeu no sofá e com uma leve gargalhada Seokjin quicou no seu colo. — Se eu te algemar, o máximo que você pode fazer é me chutar.

— Eu tenho pernas fortes... Mas vamos fazer assim... Hm, primeiro vá buscar as algemas...

O loiro saiu do colo do namorado e o incentivou a ir buscar o objeto, o que contrariado, o detetive fez. Retornando em seguida com o objeto prateado em suas mãos. Seokjin segurou as algemas com um sorriso malicioso e a colocou por cima do criado mudo ao lado do sofá e então retornou para o colo de Namjoon que o recebeu afetuosamente, ainda que não cem por cento certo daquela ideia.

Namjoon não queria prender Seokjin. Quer dizer, a ideia era excitante, óbvio que era. Ter o corpo de Seokjin restringido e sendo estimulado apenas pelo seu toque era uma cena praticamente impossível de ser descartada. Contudo, não sabia se aquilo seria saudável para o namorado; não depois de tudo pelo o que ele já havia passado.

— Não quero forçar você a nada que não queira fazer, okay? Então façamos dessa maneira: vamos começar a nos divertir e se você sentir que está pronto para usá-las, então usaremos... Tudo bem?

Seokjin praticamente ronronava as palavras no pé do ouvido direito de Namjoon, enquanto suas mãos brincavam com a curvatura do pescoço do mesmo. O policial já sentia seus lábios ressecados tamanha a força que as ações de Jin tinham em seu corpo. Ele apenas estava lhe falando, mas pela divindade! Aquele tom, os toques e a maneira com que o ar quente que saia da boca dele lhe atingia a pele sensível, já eram o suficiente para deixá-lo excitado e Seokjin sentia isso, graças a posição em que seus corpos estavam.

Aproveitando-se da resposta silenciosa do namorado, o cozinheiro buscou unir seus lábios em um beijo lento e repleto de luxúria. O loiro não demorou a invadir a boca do outro com sua língua, buscava reconhecer todos os cantos e se aproveitar daquele gosto que a tempos se tornaram um de seus favoritos. Tudo em Namjoon tornara-se algo favorito para ele. O toque, o cheiro, o gosto.

Hey, ThiefWhere stories live. Discover now