"Indecente"

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Sirius pulou com dificuldade do mesmo local com os pés firmes no chão e pernas doloridas, as malditas borboletas ainda voavam no seu estômago, e Abigail pairava sua mente.

Abby jogava um travesseiro da sua cama no chão, e esperneava no local com raiva de si mesma e de Sirius, por que diabos ele teve que mentir para ela?

Enquanto Abby ia para a banheira quente, imersa nos próprios problemas e na própria dor, Sirius saía do chuveiro para encontrar o pai dela, ele havia chegado há pouco tempo e esperava o grifinorio na sua sala.

Após vestir a sua camisa preta de algodão, Sirius sai do porão silenciosamente, suas mãos pareciam adormecer quando ele lembrava onde elas estavam alguns minutos atrás, a casa toda cheirava a ela, o que tornava a tentativa de esquecê-la impossível.

Entra calmamente no escritório e o cheiro de papel velho interrompe o aroma fresco que ele sentia anteriormente, o homem analisava alguns papéis com cuidado, livros de anatomia enchiam a sala, além de inúmeras enciclopédias em várias edições.

Alguns projetos de partes do corpo humano chamaram a atenção do garoto, que mexia em um olho de argila rindo um pouco com a estrutura.

Suas mãos curiosas brincava com os esqueletos e uma perna sem pele detalhando todos os músculos do local, bem em cima da mesa, um grande pênis anatomicamente detalhado fez Sirius gargalhar e fazer uma nota mental:

"Irritar a Abby a respeito do pau gigante que o pai dela usa como enfeite de mesa."

Bom... quando eles voltarem a ficar bem um com o outro.

O doutor Albert vê Sirius sem fôlego de tanto dar risada enquanto encara o membro, nega com a cabeça franzindo as sobrancelhas.

- A minha filha precisa rever as companhias. - Sirius suspira limpando uma lágrima que escorria no canto do olho.

- Me desculpe. - Sirius responde tentando manter o controle, a risada dele faz com que o doutor Parsons aperte os lábios finos tentando conter a própria risada.

- Não é engraçado. - o mais velho tenta manter a compostura, mas uma risada nasal escapa, o que faz Sirius gargalhar alto projetando o próprio corpo para frente.

O homem tenta se conter, mas a sua rara risada escapa pelos seus lábios devido à situação infantil, tentava recuperar o ar dos seus pulmões enquanto não conseguia parar de rir.

- É tão estranho. - Sirius deixa escapar com a voz esganiçada.

- É o meu trabalho! - o homem explica com a voz risonha, o peso constante dos seus ombros havia ido embora. - Você é tão infantil.

- E você tem um pau na mesa. - Sirius ri mais de maneira imatura o que faz o homem gargalhar.

Abby chega na sala do pai batendo discretamente e sente seu corpo arrepiar ao ouvir a gargalhada característica de Sirius. Os saltos batendo no assoalho chamaram a atenção do moreno, que fotografava a beleza da garota mentalmente, o vestido vermelho era justo e reto, ressaltando tudo o que ele mais admirava ali.

- Papai, preciso sair, volto antes das 21h, garanto. - Ela explica tentando não olhar para o moreno que não fazia o mesmo esforço. - Não se esqueça de tomar os seus remédios, e não se preocupe comigo.

- Onde você vai? - Sirius pergunta sem ao menos notar o que estava dizendo e Abby cora.

- Não vejo como isso pode interessa-lo. - tenta soar o mais educada possível.

- O rapaz fez uma pergunta, Abigail. - o pai corrige, apesar de não ter soado como uma resposta rude, o conteúdo não era agradável. - E me deixou um tanto curioso, onde vai? - Pergunta tirando seus óculos.

TELL ME A SECRET || SIRIUS BLACK Onde as histórias ganham vida. Descobre agora