"Intrusa"

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Na mansão Riddle, a noite caía como um pecado aos olhos de Lorde Voldemort. Tinha medo de que a arma que Dumbledore criou seja mais poderosa do que ele imaginava, não poderia cair, não naquele momento.

Não admitiria perder tudo que tinha.

Não naquela altura do campeonato.

Ele também tinha a sua arma.

Melhor falando, ele tinha um monstro.

Leonoora era terrível, e não poderia controlá-la por muito tempo, era imprevisível, e temia que em algum dia ela chegasse a matá-lo.

A observa obrigando Bellatrix Lestrange a fechar o seu espartilho, Tom dizia que algum dos elfos poderia ajudá-la, mas ela se negava a pedir ajuda a eles. Leonoora gostava de humilhar aqueles que achavam estar no topo, e ele sabia disso.

Ela adorava humilhar constantemente Bellatrix Lestrange porque a mulher era mais fiel ao seu marido do que a ela. Leonoora era possessiva, não gostava que as pessoas cobiçassem o que era seu, seja o marido ou o poder que ele a prometeu.

Quando Tom a conheceu, estava terminando de criar as suas Horcruxes, odeia até hoje admitir que foi covarde demais para matá-la. Ela sempre foi explosiva, controladora, e impulsiva, mas não era puramente má antes de Tom.

Estava sendo procurada pelo Ministério da Magia dos Estados Unidos, por ter tentado matar a sua irmã gêmea, coisa que ela nega veementemente ter feito.

Leonoora era uma Walter, vinha de uma família de bruxos sangues-puro, sua irmã fora deserdada por ter nascido um aborto, e seus pais eram cruéis. Todos da família Walter foram presos ou mortos por aurores, exceto ela.

Lord Voldemort gostava dela, ela era útil, e se apaixonou por ele, era dali que poderia ter certeza que ela não o faria mal algum. Até decidir transformá-la em uma de suas Horcruxes, Leonoora nunca mais voltaria ao normal, ficara demoníaca.

Enquanto isso, Sirius apertava a camisa de Pedro com os olhos arregalados. Como ele poderia ter notícias sobre Abigail esse tempo todo e não ter dito nada?

Que tipo de amigo ele era?

- Onde está? - pergunta entredentes.

- Eu já entreguei. - explica. - Você estava podre de bêbado e a rasgou na minha cara.

Era mentira.

Pedro sabia que se por acaso entregasse a carta para Sirius, as perguntas viriam, e desconfiariam dele. Ele só queria que as coisas ficassem calmas, como eram antes de Abigail chegar.

Ela dizia para onde foi bem naquela carta.

Bem ali também estava uma possibilidade de perdoar Sirius.

- Você está sujando a porra da minha camisa! - afasta as mãos de Sirius da camisa dele, odiava quando o amigo o tratava assim.

- E-eu rasguei? - passa a mão pelo rosto, andava pelo quarto, cortando os pés com os cacos de vidro espalhados.

Nada doía mais do que o seu coração naquele momento, teve a oportunidade de ter um último contato com ela e jogou tudo fora quando rasgou aquela maldita carta.

- Eu preciso conversar com ele. - Pedro diz fazendo James e Lupin se retirarem do quarto muito sujo.

Sirius estava devastado, e Pedro nunca se odiou tanto por isso, toca nas costas do homem em pedaços na sua frente, acaricia de leve, o suficiente para o seu amado não ver maldade.

- E-eu acho que foi bem melhor você não ter lido a carta.

- Mas, Rabicho, eu a amo tanto. - Sirius lamenta. - a amo tanto que dói.

TELL ME A SECRET || SIRIUS BLACK Onde as histórias ganham vida. Descobre agora