Tom Riddle sorria pela primeira vez em anos na mesa de jantar da sua mansão, sorrir em um local como aquele parecia até algum tipo de sacrilégio.
A sua esposa tocava levemente a sua mão enquanto contava o completo desastre que a sua filha poderia ser.
- Não tenho palpites de como ela possa ter quebrado a minha varinha, a garota é um completo desastre, não tem nem dois anos e já tem poder de destruição em si. - Tom sorri mais uma vez, causando um sorriso imediato na sua mulher.
Ela nunca o havia visto daquela forma.
Ele parecia humano.
Não parecia Lord Voldemort.
Aquele era Tom Riddle, ou o que sobrou dele.
- Ela tem o meu sangue nas veias. - Tom ergue o queixo. - E com ele, a sede do poder, vai ser tão grandiosa quanto nós... fomos. - Ele contrai a mandíbula.
- Você se arrepende da escolha que fez, querido? - Leonoora pergunta, por mais que não tivesse os olhos brancos, parecia assustadora.
- Nunca é um adeus. Recuar é agradável quando sabemos que podemos voltar mais fortes.
- Voltar? Você prometeu, Tom. Você me prometeu que iria abrir mão.
Ele aperta os lábios incomodado, largando o guardanapo na mesa, afasta a sua mão da dela, abandonando qualquer contato físico.
- Esse não é um assunto que você deva se meter.
- Tom, você me ama? - ela toca novamente na mão dele, e as palavras soam mais como uma ameaça do que como uma pergunta de fato.
O silêncio era ensurdecedor naquela sala de jantar mal iluminada, o contato visual era impossível de ser quebrado, eram como um leão e uma cobra prontos para atacarem a qualquer momento.
- Milorde? - a voz de Lúcio Malfoy chama a atenção do homem grisalho, que passa a mão pelos cabelos lisos, nervoso pelo olhar intimidador da sua esposa.
- Sim, garoto Malfoy? - encara o rapaz, respondendo com polidez.
- Meu pai me pediu para trazê-lo uma mensagem urgente, com a sua licença, poderia repassa-la, milorde? - Tom aperta as sobrancelhas e pede para que o jovem o acompanhe até a sala de estar.
Leonoora fica de pé, visivelmente abalada com a conversa anterior, puxa os cabelos escuros com os dedos finos para trás, caminhando enquanto um elfo doméstico carregava a sua filha atrás dela.
- Ela dorme bastante, hm? - a morena analisa de nariz em pé o elfo colocando a garotinha com dificuldade no berço de madeira escura. - Deve ter algum problema.
- Não há problema algum, milady, deve ser apenas cansaço. - Ele conforta. - A milady sentiria disposta para um chá agora?
- O que há de errado com os britânicos e o chá? Não é como se fosse uma inteira refeição. - Fita com superioridade o pequeno elfo. - Mas, eu aceito.
A pequena criatura sai do cômodo, a deixando apenas com a sua filha sonolenta.
Abby suspira do lado de fora, apertava tanto a própria varinha nas mãos, que tinha as palmas machucadas.
- Eu não quero fazer isso. - Abigail suspira, a mão do velho Dumbledore se apoia no seu ombro em sinal de apoio.
- Vontades não são mais importantes do que compromissos. Você tem o poder de acabar com a guerra, Abigail, por que não simplesmente o usa?
- Por que é a vida de uma criança, diretor, sinto muito, eu achei que conseguiria, mas estava errada.
- Quantos dos seus amigos vão precisar morrer para que você faça o que é necessário, Abigail? - aquilo a acerta como uma facada no peito.
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TELL ME A SECRET || SIRIUS BLACK
FanfictionMe conte um segredo || Sirius Black +18 "Sirius e Abby tinham o seu próprio jeito de compartilhar as coisas que os machucavam, revelar seus segredos não era algo fácil para nenhum dos dois" "- Se uma morte não importa para você, ou parece um número...