Capítulo 6

28.8K 1.7K 327
                                    

Matarazzo 🎭

Saí da casa da Bianca cheio de ódio, como é que a mina fala daquele jeito comigo pô? Ela tá na porra do meu morro e querendo ou não vai me respeitar.

E de verdade mermo não sei pra que caralho fui dar confiança pra aquela filha da puta.

Cheguei na minha goma e subi direto para meu quarto, me joguei na cama do jeito que tava e fiquei refletindo sobre esse bagulho aí, não queria machucar ela não pô, quando vi o rosto dela apavorado e cheio de lágrimas senti um bagulho ruinzão e olha que tô acostumado com essas paradas, mas com ela foi diferente.

Tava quase dormindo quando escutei a Júlia entrar no meu quarto gritando.

— Que merda você fez com a Ana Luiza, hein? — gritou me olhando de cara feia.

— Fala mais baixo, não sou surdo nessa porra. — sentei na cama e olhei pra ela.

— Fodase, só me responde Gustavo! O que você fez pra Analu? — gritou novamente.

— Só apertei o pescoço dela pô, a mina me desrespeitou e eu não iria deixar por isso mesmo. — falei sem rodeios.

— Inacreditável, você sabe o quanto ela é traumatizada com essas coisas? Você tocou na ferida dela porra. — gritou e eu continuei serinho.

— Melhor ainda, na próxima ela me respeita! — levantei tirando a glock da cintura colocando em cima da mesinha.

— Eu só vou te avisar duas coisas! Ela não é as putas que você come e essa vai ser a última vez que você vai machucar a minha amiga. — ameaçou e saiu do meu quarto batendo a porta.

Tomar no cu mermo, nem tava esperando que minha irmã fosse defender aquela filha da puta, isso só comprava que eu me fudi gostosin. Me joguei mais uma vez na cama e fiquei marolando.

Acordei horas depois e percebi que já tava de noite, quando foi que cai no sono mermo? Peguei meu celular e vi que já eram nove e vinte três! Dormi pra caralho pô.

Hoje era dia de baile fi! Levantei da cama e fui direto pro banho, tirei minha roupa entrei no box e liguei o chuveiro tomando uma ducha rápida e já tava cheiroso. Saí do banheiro secando meu cabelo com a toalha e caminhei até meu guarda roupas. Vesti uma boxer branca, uma bermuda preta e uma camisa branca da Lacoste, calçei um tênis branco também da Lala e meti minha corrente de ouro no pescoço, espirrei meu malbec pelo corpo e prendi minha glock no quadril, sai do quarto e passei no da Júlia vendo que tava vazio.

Desci até o andar debaixo e tranquei a casa, subi na minha moto e meti o pé para o baile. Assim que estacionei já percebi que tava pegando fogo do jeito que o pai gosta, subi direto pro camarote e avistei os moleques de longe.

— Cofoi meu parceiro achei que não ia vim pô. — Ribeiro falou dando um trago na maconha.

— Tava com a mente cheia e nada melhor que meu baile pra acalmar. — dei risada e fui até o barzinho me servindo de whisky puro.

— Tô ligado nesse bagulho aí. — Souza falou dando um gole na bebida dele.

— Pô meu parceiro tu enforcou mermo a mina lá? — Ribeiro perguntou e eu concordei sem dá muita idéia.

— As meninas ficaram putas quando chegou em casa e viu a Analu chorando. — Souza falou e eu dei um gole no meu whisky.

— Perdeu a chance de pegar a novinha meu parceiro! — Ribeiro bateu no meu ombro.

— O que não falta é mulher pra mim nesse baile. — falei e eles deram risada.

— Que bom porque parece que o Jota tá investindo pesado pra cima dela. — Souza falou apontando pra baixo.

Segui seu olhar e daqui de cima vi ela e as meninas escoradas no balcão do bar enquanto o Jota falava alguma parada no ouvido dela e ela sorria abertamente, apertei o meu copo com força e desviei meu olhar puto pra caralho.

— Forças meu parceiro! — Ribeiro gastou.

— Vai tomar no seu cu filho da puta. — dei dedo pra ele e voltei a beber meu whisky.

— Sua dona tá chegando. — Souza gastou e eu olhei pra entranda do camarote vendo a Larissa se aproximar.

— Meu pau pra você parceiro! — reclamei e os dois deram risada.

— Oi Matarazzo! — falou e eu puxei a mesma pra sentar no meu colo.

— Vou atrás da minha mulher que ganho mais. — Souza falou e deu as costas descendo o camarote.

— E eu vou atrás da sua irmã. — Ribeiro falou e eu olhei de cara fechada pra ele.

Dois arrombados, sei muito bem qual é a deles! Voltei a olhar pra Larissa na minha frente e senti ela rebolando no meu colo.

— Não provoca desgraçada ou vou te comer aqui mesmo na frente de geral. — falei apertando a cintura dela com força.

— Até que não seria má ideia sabia? — me olhou com cara de cachorra.

— Só continua pra você ver o que vai acontecer! — falei dando um último gole no meu whisky e desviei meu olhar pra pista.

Senti até minha boca secar quando vi a filha da puta rebolando aquele bundão dela. Ela tava gostosa pra caralho pô, vermelho definitivamente é a cor dela!

Ela olhou pra cima e quando percebeu que eu tava olhando desviou o olhar, vi o Jota se aproximar e falar algo no seu ouvido. Ela sorriu e ele segurou na nuca dela puxando a mesma para um beijo. Olhei aquela cena e apertei o copo com força sentindo o objeto se quebrar na minha mão.

— Você tá bem? — Larissa perguntou olhando assustada pra minha mão.

— Tô sim! — joguei os cacos do vidro longe e olhei pra minha mão com alguns pingos de sangue.

— Tem certeza? Se quiser eu posso cuidar disso pra você. — passou a mão no meus ombros dando um sorrisinho.

— Claro que tenho porra, não preciso da sua ajuda — falei e tirei ela do meu colo — Agora sai daqui! — gritei sem paciência.

Ela ficou parada na minha frente por mais alguns segundos mas logo saiu do camarote com o nariz empinado. Limpei minha mão na bermuda e tava tudo suave de novo.

Olhei pra baixo e a putaria já tinha terminado, procurei ela com o olhar e vi a mesma indo em direção ao banheiro, levantei da minha cadeira e caminhei até lá possesso de raiva.

×××

Atração Perigosa Onde as histórias ganham vida. Descobre agora