Capítulo 80

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Matarazzo 🎭

Papo reto mermo eu tava felizão pra caralho pô, os bagulhos aconteceu do jeitinho que nós plenejou e no fundo fiquei até mais aliviado em ter invadido aquela casa pelo lugar mais tranquilo, eu tô ligado que a minha pretinha mandou bem pra porra matando aqueles bando de pau no cu, mas eu não iria conseguir ficar de boa sabendo que ela poderia ficar em risco.

Então desde o começo eu e o Cobra combinamos que eu iria invadir junto com ela o lugar que tinha menos movimento, justamente pra preservar a segurança dela já que era a primeira vez que ela participaria de um bagulho desse. Mas minha mulher deu aula pô, ela matou o arrombado do Samuel e honrou mermo a palavra dela, mó orgulho dessa gostosa.

Saí da porra dos meus pensamentos e respirei até aliviado quando entrei no meu morro, minha pretinha veio o caminho todo reclamando de dor no ombro e me deu uma pena do caralho, a sorte que a mãe dela estava o tempo todo tentado acalmar ela.

Estacionei o carro em frente ao postinho e tirei a chave da ignição, desci e dei a volta indo para o banco de trás, abri a porta e peguei a Analu no colo escutando os resmungos dela bem próximo ao meu ouvido, assim que a mãe dela desceu eu travei o carro e entrei no postinho com ela em meus braços.

— Alguém vêm socorrer a minha mulher! — gritei e na mesma hora uma enfermeiras se aproximou de mim com a cadeira de rodas.

— O que aconteceu com ela senhor? — perguntou assim que eu coloquei ela sentada na cadeira de rodas.

— Levou um tiro no ombro! — falei na maior naturalidade e a mulher esbugalhou os olhos.

— Certo, vou levá-la até sala de cirurgia pra retirar o projétil da bala, em algumas horas o doutor vem falar com os senhores. — falou e nós concordamos.

Fiquei na frente da cadeira de rodas e me ajoelhei em frente a minha pretinha.

— Fica tranquila que vai dar tudo certo e eu vou tá aqui fora te esperando jaé? Tenho mó orgulho de tu minha preta! — dei um selinho em sua boca e ela sorriu fraco.

A enfermeira arrastou a cadeira de rodas dela por um corredor grande e eu me sentei ao lado da Helena, olhei pra ela e percebi que a mesma estava chorando baixinho.

— Coé sogrinha, tá chorando porque? — perguntei puxando assunto e ela inclinou a cabeça olhando pra mim.

— É que ver a Analu entrando na frente de uma bala para me proteger mexeu muito comigo — fungou — A quase quatros anos atrás era eu quem fazia de tudo pra proteger ela, a minha menina cresceu e minha ficha  tá caindo só agora! — deu um suspiro.

— Papo reto mermo, a Analu é a mina mais foda que eu já conheci em toda minha vida, ela sempre vai fazer de tudo pelas pessoas que ama, tu é a mãe dela e não poderia ser diferente pô. — falei e ela deu um sorriso.

Caralho mermão, ela tem o mesmo furinho que a minha pretinha tem nas bochechas, agora tô ligado de quem a minha pretinha herdou esse bagulho.

— Desde que eu recuperei a minha memória venho me culpando por ter perdido uma parte da vida das minhas filhas, eu queria muito que tudo estivesse sido diferente. — enxugou as lágrimas.

— Se tem um culpado nessa história toda é pau no cu do Samuel, tu e as meninas foram vítimas desse bagulho. — falei e ela deu um meio sorriso.

— Sabe Matarazzo, eu gostei de você! — deu um tapinha no meu ombro.

Quando eu iria responder escutei uns gritos vindo da porta do postinho, olha na direção e vi as meninas entrando junto com os moleques e o cobra.

Assim que todos acharam a gente vieram correndo na nossa direção, a única que parecia estática no lugar era a Bianca, ela olhava pra Helena com o mesmo brilho que eu vi nos olhos da minha mulher quando reencontrou a mãe.

— Mãe...! — Bianca falou com a voz embargada e correu até os braços da Helena.

Elas permaneceram abraçadas durante um bom tempo e assim que se separaram eu e pessoal resolveu se afastar um pouco pra dar privacidade as duas, esse momento era só delas e elas tinham muito que conversar.

— Eu tô tão feliz pelas meninas! — Júlia falou com um sorriso bobo na cara.

— Elas merecem tanto né amiga? — Vanessa perguntou pra Júlia e as duas se abraçaram parecendo duas otárias.

— Quem tá feliz mermo é o cobra, olha a cara dele de apaixonado. — Souza gastou e o cobra olhou pra ele com a cara fechada.

— Até eu pô, imagina só eu ficar anos separado da minha mulher, depois de mó cota descobrir que tivemos uma filha juntos e saber por essa merma filha que a mulher que eu amei tá morta e do nada descobrir sozinho que ela tá viva? — Ribeiro falou e o cobra desviou o olhar pra ele.

— Vamos parar de falar da porra da minha vida? O que eu tive com a Helena ficou no passado! — Cobra falou olhando pra ela.

Conheço muito bem esse filme e papo reto mermo? Esses dois ainda vão ficar juntos.

— Mudando de assunto, como tá a minha cunhada? — Júlia perguntou olhando pra mim.

— Eu ainda não tenho notícias dela, só sei que ela entrou na sala de cirurgia pra remover a bala do ombro! — falei e todos soltaram um suspiro.

— Minha ficha ainda não caiu de que foi a Analu que matou o Samuel. — Ratinho falou.

— Essa garota é meu orgulho pô, deu a palavra de que iria matar esse pau no cu e cumpriu! — Cobra falou todo bobo.

— Vocês tão sabendo que todo mundo já está sabendo disso né? — Vanessa perguntou olhando para geral.

— Claro pô, a Analu já era idolatrada pelos moradores, agora então... — Ribeiro falou.

— É minha primeira dama né! — falei todo orgulhoso da minha mulher.

Eles começaram a me gastar e eu nem liguei, não escondia de ninguém o quanto a minha pretinha é importante pra mim e se pá vou está do lado dela vibrando a cada conquista.

Minutos depois geral se espelhou pelas cadeiras da recepção e começaram a conversar entre si, eu caminhei até a janela e percebi que já havia amanhecido faz tempo e nada de notícias da minha pretinha, eu já estava preocupado pra caralho.

Como se alguém tivesse lido a porra dos meus pensamentos, escutei a mesma enfermeira perguntar quem era a família da minha pretinha e logo geral se aproximou em busca de notícias.

— A senhorita Fernandes estar bem! Removemos o projétil da bala e logo a paciente será liberada, lembrando que ela deve ficar de repouso no máximo dez dias e sem fazer muito esforço na região afetada! — falou após ler os bagulhos na prancheta.

Eu passei a mão no rosto e soltei a respiração que eu nem sabia que estava segurando, a minha pretinha estava bem e longe de qualquer risco e pra mim nada mais importa.

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Oi leitores fav!

É como diz um grande ditado popular, depois da tempestade vem a calmaria! Então podem respirar tranquilos que eu não matei ninguém.

Beijoos e até terça. 💋

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