Capítulo 55

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Matarazzo 🎭

Saí de casa sentindo um aperto fodido no peito e fiz um sinal de cruz pedindo proteção a deus pra que dê tudo certo e que eu e os moleques saíssem vivos dessa porra.

Me separei dos moloques e cada um correu para um lado diferente com um fuzil nãos mãos e radinho na cintura.

O pequeno me deu a idéia que os soldados do Caio tava subindo em um carro blindado e que tava querendo vingar a morte do chefe deles, segundo eles a meta era minha cabeça.

— É pra meter bala nesses filhos da puta pô, quero só sequência de rajada e sem dó nenhuma. — gritei pelo radinho e subi uma laje pra ter uma visão melhor do bagulho.

Olhei dois arrombados com a cabeça pra fora do carro atirando nos meus soldados na maior covardia, sem pensar duas vezes mirei meu fuzil na cabeça de um deles e atirei sem dó fazendo metade do corpo do filho da puta cair pra fora da janela.

O outro arrombado quando viu que aconteceu começou a procurar da onde veio o tiro e tentou recuar pra dentro do carro, só que o pai foi muito mais rápido e acertou a cabeça dele com um tiro só.

— Porra parceiro, o bagulho tá de verdade mermo. Os cuzões tá tentando invadir por trás. — Ribeiro me avisou pelo radinho.

— Manda uma tropa pra lá, esses pau no cu tá achando mermo que minha favela é brincadeira. — mirei e acertei o tiro no pneu do carro fazendo o arrombado perder o controle e bater no poste.

— Caralho mermão, esses cara são muito burro! A gente capotou dois carros deles facin pô. — Souza falou no radinho.

— Adiantou porra nenhuma ficar meses se preparando pra esse bagulho. — Ratinho falou pelo radinho e deu risada.

— Parem de fofocar e vão fazer a porra do corre de vocês caralho. — gritei pelo radinho.

— Tem uns cuzões subindo pra boca, o movimento lá tá fraco pra caralho, vou subir pra ajudar os moleques. — Cobra falou pelo radinho.

— Jaé sogrão, sobe na maciota! — falei olhando toda movimentação daqui.

A favela tava uma guerra já, apesar da estratégia desses cuzões ser fraca pra caralho eu não posso negar que eles vierem fortão pô. Mas nós não abaixa a cabeça pra alemão nenhum.

Pulei duas lajes e peguei um atalho até a boca, assim que cheguei vi vários dos meu trocando tiro com os pau no cu, daqui de cima atirei na cabeça de uns cinco e os moloques agradeceram.

—  Matarazzo, os arrombado tão tentando entrar na salinha de drogas pô! — Cobra falou pelo radinho e eu ri.

— Esses filho da puta tão de tiração com a porra da minha cara né? Invade a porra do meu morro ainda quer me roubar? — falei pelo radinho.

— Eles tão achando que aqui é a Disney pô! — cobra riu pelo radinho — Matei quatro já, tem uns tentando invadir por trás. — falou.

— Jaé, tô indo acabar com essa palhaçada agora mermo! — falei pelo radinho.

Pulei pra outra laje e andei até outra que dava acesso a parte de trás das salinha de drogas. Daqui eu já tinha visto uns três, recarreguei meu fuzil e mirei acertando uma sequência de três tiros na cabeça dos três, o bagulho é sempre atirar na cabeça pra matar logo.

Tirei minha camisa encharcada de suor e joguei no ombro. Troquei ideia com os moleques pelo radinho e me enformei de como tava os bagulhos, logo depois continuei na atividade.

Já tinha mais de cinco horas de confronto e parecia que essa porra ia durar por muito mais tempo, os barulhos de tiro tavam altão pô. Perdi vários dos meus mas esses pau no cu perderam bem mais, isso eu garanto.

— Matarazzo porra, os alemão tão indo pra sua casa caralho, eles querem a cabeça da Analu! — Ribeiro gritou pelo radinho.

E pela primeira vez na noite eu sentir medo, é claro que eles queriam a cabeça da minha mulher, foi ela quem matou o filho da puta do Caio pô!

— Aciona os de confiança e manda fazer a proteção, eu já estou descendo, nenhum filho da puta vai encostar um dedo na minha mulher! — falei cheio de ódio.

— O Cobra tá indo pra lá junto com os moleques. — Ribeiro falou pelo radinho.

— Jaé! — falei e prendi o radinho na cintura.

Desci da laje cheio de ódio e cortei vários atalhos até chegar na minha casa, já tinha até perdido as contas de quantos alemão matei pelo caminho.

Quando eu tava virando a esquina vi o Cobra caindo no chão com um tiro no peito, esses pau no cu só sabe pegar na covardia mermo. Vi da onde feio o disparo e mirei meu fuzil acertando em cheio a cabeça do filho da puta fazendo o corpo dele se desequilibrar e caí da laje com tudo no chão.

Corri até ele sem pensar em porra nenhuma me ajoelhei na sua frente.

— Alexandre porra! — dei dois tapinhas no rosto dele e ele me olhou.

— Entra pra proteger as meninas, eu me viro daqui. — falou com dificuldade.

— Tu acha mermo que eu vou te deixar aqui seu pau no cu? — falei vendo que a camisa dele estava coberta de sangue.

— Mas as meninas precisam de proteção porra! — gritou e fez uma cara de dor colocando a mão no local do tiro.

— Eu já disse que não vou te deixar aqui caralho! — gritei e peguei meu radinho na cintura — Souza, manda alguém do postinho subir pra minha casa agora, o Cobra levou um tiro porra! — gritei pelo radinho.

— Jaé, os alemão tão recuando porra! — gritou no radinho de geral.

Sabia que esses pau no cu não iria dar conta de porra nenhuma, dei risada e continuei ao lado do cobra esperando alguém do postinho subir, eu não queria entrar em casa com o Cobra assim e fazer a minha pretinha ver o próprio pai nessa situação, mas também não tinha condição nenhuma de descer o morro com ele e fazer a porra da bala se mover e ficar alojada em outra parte do seu corpo.

— Rucuamos, mas nós vai levar dois de vocês junto com a gente! — escutei uma voz  desconhecida pelo radinho.

E do nada uma sequência de tiro foi disparada na minha direção e a do Cobra, eu tentei ao máximo me proteger e principalmente proteger ele que já estava baleado e todo fraco, mas foi tudo muito rápido e a única coisa que eu vi antes de desmaiar foi o rosto sorridente do tal Carlão em cima de uma laje.

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Oi leitores fav!

Como sempre eu ainda vou escrever o próximo capítulo ok? Vai ser tudo muito complexo, então talvez eu demore um pouquinho pra postar.

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