Capítulo 88

9.2K 600 90
                                    

Matarazzo 🎭

Notei que a minha mulher tava demorando pra caralho de voltar do banheiro, eu já fiquei cheio de neurose e com a porra do meu coração apertado, imaginando as piores coisas do mundo. Dei um último gole na minha vodka e joguei o copo vazio no chão, não iria ficar parado aqui de jeito nenhum.

Fui até os moleques e passei a visão dos bagulhos, eles já ficaram tão preocupados quanto eu. Eles tão ligados como algumas pessoas podem ser podre, ainda mais em baile que tá todo mundo drogado, eu espero mermo que nada tenha acontecido com a minha mulher ou eu não respondo por mim.

Tava me preparando pra sair do camarote junto com os moleques e percebi uma movimentação estranha vindo do último degrau, forcei bem a minha visão e vi que era o pedroca, ele era um dos meus vapores mais fiéis antes de mudar de vida e começar a frequentar a igreja.

Ele gritava que precisava falar comigo e que bagulho era urgente, alí eu senti que tinha acontecido algo bem sério mermo. Desci as escadas do camarote junto com os moloques e assim que ele me viu respirou aliviado.

— Graças a deus você apareceu! — falou ofegante e levantou as mãos para o céu.

— O que tá pegando? — perguntei sem enrolação.

— Eu tava voltando da igreja com a Larissa e nós vimos uma movimentação estranha vindo de um dos becos, quando a gente se aproximou escutamos alguém pedir por socorro, era sua mulher Matarazzo, tinha um homem tentando estuprar ela! — falou tudo de uma vez.

Quando eu escutei ele terminar de falar me subiu um ódio do caralho e minha única certeza é que o filho da puta que tentou tocar na minha mulher, iria morrer da pior forma. Ninguém vai mexer com o que é meu e sair impune, ah mais não vai mermo.

— Onde esse filho da puta e a minha mulher estão? — perguntei cheio de ódio.

— O homem eu deixei desmaiado no beco da rua C e a sua mulher tá na praça junto com a Larissa. — falou e eu concordei.

— Vão até o beco e levem o filho da puta pra salinha de tortura — falei olhando para os moleques — Agora minha prioridade é minha mulher, vou atrás dela e saber como ela tá! — falei e eles concordaram.

— Jaé meu parceiro, cuida bem da Naluzinha. — Ribeiro deu um tapinha no meu ombro e eu concordei.

Eu agradeci o pedroca e saí do baile em disparado. Fui até o outro lado da rua e entrei no meu carro, liguei a chave na ignição e dirigi que nem louco até a praça, quase que atropelei algumas pessoas no meio do caminho, mas eu não estava nem aí, meu único foco no momento é ver como a minha pretinha está.

Assim que cheguei na praça estacionei o carro de qualquer jeito e desci logo em seguida, caminhei até a entrada e passei meu olhar por todo local a procura da minha mulher, avistei ela abraçada com a Larissa no cantinho mais afasto e andei até elas em passos largos.

— Preta? — chamei ao me aproximar dela e me abaixei na sua frente.

Analu me olhou com os olhos esbugalhados e cheio de lágrimas, eu conseguia ver através deles o quanto ela estava assustada.

— Amor... — falou com a voz trêmula, aliás até seu corpo tremia e agora eu entendo porque ela estava abraçada com a Larissa.

— Se acalma, aquele desgraçado vai pagar pelo que fez com tu, eu dou a minha palavra!. — abracei seu corpo e ela me apertou bem forte.

— Tá tudo doen..do amor, ele...ele. — tentou falar em meio as lágrimas.

— Xiu! Eu tô aqui tá bom, não vou deixar mais ninguém tocar em tu! — beijei sua testa para tranquiliza-lá — Agora vamos embora, vou cuidar de tu. — falei e ela concordou ainda grudada em mim.

Atração Perigosa Onde as histórias ganham vida. Descobre agora