Capítulo 31

22.2K 1K 189
                                    

Matarazzo 🎭

Ao me despedir da Analu montei na minha moto e pilotei direto pra boca. Cheguei em minutos e já fui estacionando, saí da moto tirando a chave da ignição e coloquei no bolso da bermuda.

Fui direto pra minha salinha e comprimentei geral com um aceno de cabeça, meu foco hoje era resolver os bagulhos o quanto antes e voltar pra ficar com a minha pretinha.

Sentei na minha cadeira e peguei meu caderninho vendo que hoje era dia de receber os armamentos novos, esse bagulho até me deixou de bom humor.

Tirei o radinho da minha cintura e passei a visão para o ratinho me avisar quando o arrombado chegasse, quero conferir todas as armas de perto e saber se não faltou nenhuma.

Abri minha gaveta e peguei um cigarro de maconha, coloquei entre os lábios e acendi com meu isqueiro.

Dei um trago e soltei a fumaça vendo ela se dispersar no ar.

Caminhei até o cofre da minha sala e peguei a ficha do pai da minha pretinha, li tudo de novo e tinha algo nesse bagulho que não tava batendo, não entrava na minha cabeça que esse arrombado abandonou tudo sem mais nem menos, eu vou descobrir essa porra ou não me chamo Matarazzo!

Escutei batidas na porta e guardei a ficha do arrombado na gaveta.

—  Pode entrar! — falei com o cigarro de maconha entre os dedos.

— Aê chefe o corrupto chegou, vou liberar a entrada. — Ratinho falou ao abrir a porta.

— Jaé, pode liberar. — falei e ele deu as costas dando espaço para o arrombado entrar.

— Qual foi Matarazzo tá cada dia mais difícil trazer todos esses armamentos pra você porra. — falou e eu fiquei sério.

— Tu se vira, não tô te fortalecendo de graça meu parceiro! — falei sem dar muita idéia.

— Tô ligado, só estou dizendo que tá difícil mesmo. — se aproximou com uma mochila enorme nos ombros.

— Pode pá, só espero mermo que essa sua lerdeza não atrapalhe meus esquemas tá ligado? — passei a visão.

Ele abriu a mochila e colocou todos os armamentos na minha mesa, conferir um por um e percebi que tava tudo certo para o alívio do arrombado a minha frente.

Peguei cinquenta mil na gaveta e joguei na direção dele.

— Minha parte tá feita pô, espero mermo que tu cumpra a segunda parte do acordo e continue mantendo a porra da minha ficha limpa. — me sentei na cadeira novamente.

— Eu sou sujeito homem e cumpro o que eu faço! — falou cheio de si.

— Jaé, agora pode vazar da minha sala e quando sair fecha a porta. — expulsei sem dar muito idéia.

Ele se virou pra sair e minha vontade foi de meter bala nas costas dele, não confio nenhum pouco nesse filho da puta.

Ele é um policial corrupto, o responsável por manter minha ficha limpa e fortalecer com os armamentos mais pesados, até porque com essa merda de sistema falho quem iria desconfiar de um policial?

Atração Perigosa Onde as histórias ganham vida. Descobre agora