Capítulo 47

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Matarazzo 🎭

Assim que a Analu subiu para o camarote eu olhei cheio de ódio pra Milena que ainda estava jogada no chão, o rosto dela tava todo inchado e se pá a minha pretinha tinha até quebrado o nariz dela, puxei o cabelo dela com um pouco mais de força ouvindo ela resmungar de dor.

— Vou ser bonzinho e te dar a chance de se explicar! — formei um rabo de cavalo no cabelo dela e fiz ela me encarar.

— Eu não fiz nada, ela que me provocou junto com aquelas três amigas dela. — choramingou e eu dei risada.

— A Ana Luiza provocando alguém? Acho que nós não estamos falando da mesma pessoa. — ironizei.

— Mas eu tô falando sério, ela já chegou me chamando de metida e me xingou toda. — falou com a voz embargada.

— Se ela falou isso é porque algum bagulho tu fez, eu conheço a mulher que tenho, sei que teve motivo! — segurei seu cabelo fazendo a mesma leventar.

—  Pra onde você vai me levar? — perguntou desesperada.

— Pra um lugar onde tu vai aprender a não mexer com a minha mulher, ou tu achou que iria ser racista com ela e ficar por isso mermo? — debochei.

— Não para, eu prometo que peço desculpa e nunca mais olho na cara dela. — gritou enquanto eu arrastava ela.

Ignorei seu pedido e continuei arrastando ela pra fora do baile, conforme a gente passava ela gritava e geral olhava a cena com curiosidade, é bom que olhe mermo, assim aprendem que com minha mulher nunca deve se mexer.

Cheguei na salinha de tortura que eu tinha perto da quadra onde tava rolando o baile e joguei ela com tudo no chão, acionei os moleques pelo radinho e cerca de dois minutos os três passaram pela porta.

— Por onde vamos começar? — Souza debochou olhando ela jogada no chão.

— Ouvi dizer que o cabelo é xodó dela! — Ribeiro falou e ela esbugalhou os olhos.

— Que? Meu cabelo não por favor, eu tô deixando crescer, eu imploro. — se ajoelhou na nossa frente e começou a chorar.

— Ótimo, já sabemos por onde começar! — falei e ela chorava cada vez mais alto.

— Me deixa fazer as honras, minha mulher sempre me falava como cortava os cabelos das clientes. — Ratinho ironizou.

Fui até a bancada onde ficava diversos objetos cortantes e peguei uma tesoura, fui até o Ratinho e entreguei na mão dele vendo o mesmo dar um sorrisinho irônico.

— Toda sua meu parceiro! — falei após entregar a tesoura pra ele.

— Eu sempre esperei por esse momento. — debochou e segurou o cabelo da Milena.

Olhei bem para o cabelo dela e ele batia na altura dos ombros, nem iria fazer tanta diferença assim pô, queria ver mermo se ela tivesse o cabelão igual da minha pretinha.

O Ratinho começou a picotar o cabelo dela e conforme ele cortava a Milena soluçava de tanto chorar, o rosto dela estava completamente vermelho e eu só sabia rir com o desespero dela.

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