Capítulo 24

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Ana Luiza 💋

Meu deus do céu, eu matei mesmo uma pessoa? Ainda não estava acreditando no que eu mesma havia feito, foi tudo tão rápido que quando percebi já tinha pegado o fuzil do Gustavo e atirado naquele homem sem pensar duas vezes.

Eu nem se quer sabia como usar e muito menos como segurar aquela arma enorme, eu só segui a minha intuição e fiz o que eu já tinha visto em alguns filmes. Mas se eu tinha dúvidas do amor do Gustavo por mim agora eu não tenho mais, ele iria morrer pra salvar a minha vida e se isso não é uma prova de amor eu não sei mais o que é.

Encarei o corpo do homem no chão com as mãos ainda meio trêmulas e logo senti os braços do Gustavo em volta do meu corpo, e foi aqui nos braços dele que a minha ficha finalmente caiu me fazendo desabar novamente em lágrimas.

— Eu...Eu... matei ele mesmo? — perguntei com a voz embargada pelo choro.

— Matou minha pretinha, mas fica suave que não vai dar em nada tá ligada? — falou tirando o fuzil da minha mão e me virei de frente pra ele abraçando seu corpo.

— Eu...Eu... não queria matar ninguém, amor. — chorei escondendo meu rosto em seu peito.

— Minha preta, olha pra mim! — pediu segurando meu queixo me fazendo olhar pra ele — O que tu fez por mim nenhuma outra faria, eu tô ligado como sua cabeça deve tá com esse bagulho, mas porra tu me salvou meu amor. — segurou meu rosto com as duas mãos e eu dei um meio sorriso ao escutar suas palavras.

— Eu não podia deixar ele te matar Gustavo, eu não podia... — falei baixinho ao mesmo tempo que encarava seus olhos.

Ele deu um sorriso e beijou minha testa, fiquei abraçada ao seu corpo tentando me acalmar e escutei o radinho dele apitar.

Vi ele tirando o radinho da cintura e apertar em um botão, logo a outra pessoa começou a falar.

Não prestei muito a atenção na conversa, mas a única coisa que escutei foi a outra pessoa falando que tinham recuado e logo em seguida o Gustavo mandando buscar o corpo do homem que eu matei pra esquartejar e jogar no vala.

Ele desligou o radinho e me olhou.

— Vamo pra minha casa, tu precisa descansar um pouco. — segurou minha cintura e me carregou no colo.

— A minha bunda tá aparecendo, eu só estou com sua camisa. — falei passando meus braços em volta do seu pescoço.

— Dar em nada, ninguém é maluco de olhar pra sua bunda. —  falou todo despreocupado e começou a andar comigo no colo.

— Se você tá dizendo. — dei de ombros.

Ele começou a descer comigo até a casa dele e conforme a gente andava eu via vários corpos ensaguentados no chão, era muita gente morta.

— Para de olhar pra essas porra, depois tu fica assustada e não sabe porque foi. — falou tapando os o meus olhos.

— Eu não tô assustada, só estou olhando quantas pessoas morreu. — falei e ele deu risada.

— Namoral mermo tu não é real minha pretinha. — negou com a cabeça e beijou minha testa.

— Sou real sim! — falei dando um  beijo no canto da sua boca.

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