Capítulo 52

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Matarazzo 🎭

Assim que deixei a Analu na faculdade dela dirigi direto para meu morro, os moleques tinha um bagulho importante pra me contar e  eu já estava ligado sobre o que essa porra se tratava.

Estacionei meu carro de qualquer jeito e desci trancando todas as portas, entrei na boca e comprimentei os moloques de sempre sem muita intimidade.

Caminhei até minha sala e encontrei os três conversando com caras sérias, era até estranho ver esses arrombados desse jeito.

— Pra vocês tá com essas caras o bagulho deve ser realmente sério mermo! — falei e eles me olharam.

— Acho melhor tu se sentar um pouco meu parceiro. — Ribeiro falou e eu olhei pra ele de braços cruzados.

— Deixem de enrolar e falem logo que porra vocês descobriram. — falei sem paciência.

— Lembra que eu tava pra descobrir a ligação que o Jota tinha com o homem da praia? — Ratinho perguntou.

— Lembro sim, qual foi? — sentei na cadeira e olhei pra ele.

— Descobri que o Jota é filho dele! — Ratinho falou de uma vez.

— Explica essa porra direito pô. — falei e os moloques se olharam.

— O Ratinho já tinha falo que esse tal de Carlão era um ex policial assim como o Samuel, mas a única diferença entre os dois era que o Carlão amava curti os bailes e foi em uma dessas aventuras que conheceu a mãe do Jota e engravidou ela. — Souza falou.

— E quando isso aconteceu é claro que ele não assumiu porra nenhuma e deixou a mulher arcar com tudo sozinha, basicamente o Jota cresceu sem ele por perto. — Ribeiro falou.

— Puta que pariu, agora essa porra faz todo sentido! — dei risada.

—  Se acalma que essa nem é a pior parte meu parceiro. — Ratinho falou e eu fechei a cara.

— Então fala logo porra! — falei grosso.

— Tu lembra dos vinte mil que foi roubado né? — Ratinho perguntou e eu concordei de cara fechada — Foi o jota que roubou e usou tudo para comprar a Analu na mão do Samuel! — falou e eu fiquei cheio de ódio.

— Ele roubou a desgraça do meu dinheiro pra comprar a minha mulher como se ela fosse a porra de uma mercadoria qualquer? — perguntei com os punhos cerrados.

— Pelo que parece sim e todos esses bagulhos de ruim que acontece com a Analu, ele estar no meio! — Souza falou.

Na mesma hora eu lembrei de quando ele falou para a minha pretinha que a Milena estava na minha sala, agora eu consegui entender o interesse dele com essa porra, esse arrombado tava querendo me afastar da minha mulher.

— Eu vou matar esse filho da puta, se ele acha mermo que vai me roubar e se meter com a minha mulher ele tá muito enganado, porra! — levantei da cadeira cheio de ódio e caminhei até a porta.

— Matarazzo porra, se acalma não vai adiantar fazer os bagulhos de cabeça quente. — Ribeiro falou impedindo a minha passagem.

— Como não caralho? Esse filho da puta comprou a minha mulher com a porra do meu dinheiro! — falei com ódio.

— Para de agir de cabeça quente e pensa um pouco caralho, ele não sabe que a gente descobriu esse bagulho, é uma vantagem pra nós porra! — Ribeiro me empurrou pra sentar no sofá.

— O Ribeiro tá certo meu parceiro, tenta se acalmar um pouco e pensa direito no que tu vai fazer. — Souza falou.

— Eu acho melhor ele não saber mermo, nós temos que ser inteligente e continuar fingindo que não sabemos de nada, assim a gente pode vigiar de perto todos os passos dele! — Ratinho falou.

— Tá porra vocês tão certo, mas se eu ver esse filho da puta na minha frente não vou responder pelos meus atos! — falei com a raiva mais controlada.

— É compreensível, mas tu vai precisar se controlar parceiro, a gente precisa agir na maciota. — Souza falou sentando do meu lado.

— Minha vontade mermo é esquartejar cada parte do corpo dele e jogar para os cachorros comer! — falei com ódio e deitei minha cabeça no encosto do sofá.

— Relaxa que a gente tá contigo nessa porra e vamos ter a oportunidade de matar todos eles com nossas próprias mãos. — Ribeiro falou e os outros concordaram.

Fiquei quieto e apoiei minhas mãos no rosto pra tentar controlar a porra da minha raiva, se eu visse o arrombado do Jota na minha frente nem sei o que seria capaz de fazer, é melhor mermo que ele continuei afastado, para o seu próprio bem.

Saí da porra dos meus pensamentos quando vi a ligação da minha pretinha, respirei fundo pra disfarçar minha raiva e atendi a chamada.

Assim que eu percebi a sua voz de choro no outro lado da linha já me bateu preocupação e os moleques me olharam atentos, quando ela falou que o o filho da puta do Samuel estava lá eu levantei do sofá e comecei a caminhar pela sala cheio de ódio.

Perguntei onde ela estava e quando ela me falou que tava trancada no banheiro mandei ela não abri a porta por nada e desliguei a chamada.

Coloquei o celular no bolso e quando eu iria sair pela porta os moleques me perguntou o que tinha acontecido.

— O arrombado do Jota falou para o corno do Samuel que minha mulher estava na faculdade, ele apareceu por lá e agora ela estar morrendo de medo de acontecer algum bagulho, aciona o Cobra e fala que o Samuel tá aqui no rio, eles tem um acerto de contas pra fazer! — falei tudo de uma vez e saí da sala sem esperar a resposta deles.

Caminhei em passos largos até o lado de fora e entrei no carro catando pneu pra faculdade da Analu. Eu dirigi com tanta pressa que em minutos já estava estacionando no mesmo lugar que havia deixado ela a horas atrás.

Desci do carro e parei na porta da faculdade, tirei meu celular do bolso e mandei mensagem pra ela avisando que eu estava do lado de fora.

Depois de alguns segundos vi ela saindo toda amedrontada e com os olhos vermelhos pelas lágrimas.

— Aqui minha pretinha! — falei e assim que ela me viu correu até mim e se jogou nos meus braços.

— Eu tive tanto medo amor. — falou com a voz embargada e me abraçou com força.

— Se acalma minha preta, eu já estou aqui e não vou deixar nada de ruim acontecer com tu. — afastei o rosto dela e limpei suas lágrimas bem devagar.

— Você promete meu amor? — perguntou entre soluços.

— Prometo minha pretinha, nem que pra isso eu precise morrer! — falei fazendo carinho no seu rosto.

— Isso não vai precisar acontecer, agora me tira daqui por favor. — falou um pouco mais calma.

— Tu quer ir pra algum lugar ou ir direto pra casa? — perguntei enquanto andávamos na direção do carro.

— Não quero ir a lugar nenhum, prefiro ir direto pra casa pode ser? — perguntou e eu concordei com a cabeça.

— Então vamos, prometo que lá eu vou cuidar muito bem de tu. — dei um beijo na testa dela e depois entramos no carro.

Liguei o som do carro na playlist do mc cabelinho e esperei ela colocar o cinto de segurança. Assim que ela terminou de colocar eu comecei a dirigir na maior tranquilidade mermo, queria deixar ela mais calma e nada melhor do que ver algumas paisagens e escutar uma música de qualidade.

Eu estava todo concentrado cantando intenção, que quando fui olhar para o lado vi ela dormindo com a cabeça encostada no vidro do carro.

Parei o carro do sinal vermelho e inclinei meu corpo na direção do dela.

— Quando eu disse que se precisasse eu morreria pra nada de ruim acontecer com tu eu tava falando sério, vou te proteger até o último segundo nem que seja a última coisa que eu faça! — beijei sua testa e me afastei assim que o sinal abriu.

×××

Oi meus leitores fav!

Como eu tinha prometido ontem, tá aqui o capítulo 52! Me contem se vocês já desconfiavam de alguma coisa.

Beijooos e até sexta! 💋

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