Capítulo 17

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Matarazzo 🎭

Acordei mais cedo que o de costume e xinguei pra caralho o filho da puta do Ribeiro por ter me acionando tão cedo, mas segundo ele tinha um bagulho urgente pra falar comigo e só podia ser pessoalmente.

Fiquei logo na neurose, porque eu tô ligado que quando se trata de assunto urgente a coisa nunca é boa e só pelo seu tom de voz eu percebi que eu tava coberto de razão pô, mas vamos só ver quem será que eu vou precisar matar hoje.

Prendi minha glock na cintura e subi pra boca cheio de ódio, entrei na minha sala e vi o pau no cu de costas pra mim olhando a favela pela janela.

— Que essa porra seja importante mermo, papo reto pra tu. — abri minha gaveta de drogas e bolei um baseado.

— É serião caralho, um bagulho sinistro mermo. — sentou na cadeira em frente a minha mesa.

— Deixa de caô e manda logo o papo meu parceiro. — falei acendendo meu baseado e dando um trago.

—Tu lembra quando pediu pra investigar o pai da Analu? — perguntou e eu concordei.

— Tô ligado, o que descobriu sobre esse arrombado. — olhei desconfiado.

— Fui atrás da ficha dele e o corno até tentou esconder mas o pai aqui foi bem mais esperto pô. — falou me deixando bem curioso — Adivinha do que ele trabalhava? — perguntou dando um sorrisinho.

— Eu seilá caralho, não sou adivinha não meu parceiro. — falei sem paciência.

— Um ex policial aposentado. — falou e eu até parei de fumar o meu baseado.

— Tu tá falando sério mermo? — perguntei e ele concordou — Caralho! agora tudo faz sentido porra, tem algum filho da puta me roubando a mando daquele verme. — bati na mesa com força.

— Foi o mermo bagulho que pensei parceiro, agora temos que descobrir quem é o x9 e cobrar. — se levantou da cadeira e me olhou.

— Tô ligado, vou descobrir quem é o x9 que anda de trairagem com minha favela. — falei com um sorriso diabólico.

— Jaé parceiro, vou meter o pé, aí a ficha do arrombado. — falou deixando uma caralhada de papel em cima da minha mesa e saiu da sala.

Peguei a ficha e comecei a a ler todos os bagulhos sobre ele, papo reto o arrombado era até bom no que fazia, era respeitado por todos do batalhão e tinha um cargo mó bom. Só não entendi porque se aposentou cedo.

Depois de ler tudo olhei seu nome na capa e sorri. É Samuel Azevedo, você tá na mira do meu fuzil.

Acendi outro baseado e puxei dando um trago, depois soltei a fumaça pro alto. Fiquei só curtindo a brisa no meio da nuvem de fumaça.

Esse caralho tava marolando na minha mente e quando eu começo a pensar demais em um bagulho, alguma merda acontece. Tá tudo a milhão e eu tô ligado que é dessa pra pior, essa foi a vida que escolhi e eu tô disposto a bater de frente com qualquer verme que entrar na porra do meu caminho. Incluindo com o pai da mina que eu tô amarradão.

Separei algumas drogas e passei a visão pra um dos vapores pegar pra vender.

Quando terminei de fazer tudo já era mais de meio dia, a hora passou que nem vi. Peguei meu celular no bolso e fui ver as minhas mensagens.

Respondi o convite do Souza pra almoçar na goma dele e revirei os olhos quando vi mais de quarenta mensagens da Larissa, ignorei sem caô nenhum.

Entrei nas minhas conversas com a Analu e fiquei que nem um otário vendo sua foto de perfil. Ela era gata pra caralho mermão.

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